O silêncio que se seguiu era denso, sufocante. Um campo de batalha silencioso entre pai e filho. O olhar de Matteo queimava de determinação, enquanto Vittorio, imponente e rígido como sempre, sustentava a intensidade do filho com uma expressão que oscilava entre fúria e respeito.
— A máfia pode ter suas regras, mas eu não vou desistir de Aurora — a voz de Matteo era firme, carregada de emoção. Seu peito subia e descia pesadamente, o coração batendo como um tambor de guerra. — Eu sou um Moretti, cresci seguindo tudo o que me foi ensinado, vivendo conforme as tradições da nossa família, mas Aurora… — ele fez uma pausa, respirando fundo para conter a avalanche de sentimentos que ameaçava transbordar. — Ela é minha vida, por isso, não tente porque nada, nem mesmo a máfia, vai mudar isso.
Vittorio o encarou por longos segundos. Seus olhos azuis estavam escuros e seu olhar analisava cada detalhe do filho diante dele. Matteo não tremia, não vacilava. Ele estava ali, inteiro, disposto a lutar