SOFIA
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Antes de dormir, a Valentina me ligou e eu percebi que a voz dela estava fanha, como se ele tivesse chorando.
— Você está bem Valentina?
Valentina: Não!
— Porquê? O que houve?
Valentina: Eu acabei de brigar com o meu pai, eu não consigo aceitar que ele interfira na sua vinda aqui, essa casa é sempre tão vazia e silenciosa, ele passa tanto tempo no trabalho, e quando chega só fica comigo durante o jantar, depois vai dormir ou se tranca no escritório, pelo menos eu tinha você, e agora? Eu vou ter quem?
Ela começou a chorar na linha, ela chorou tanto que soluçou.
— Não fica assim por favor, essa decisão do seu pai não vai durar muito, logo ele muda de ideia.
Ela não falou nada, continuou chorando sem parar e a vontade que eu tive foi de pegar o meu carro e ir até ela só pra abraçá-la, da mesma forma que ela me abraçou quando falei da minha família pra ela.
A verdade era que eu e a Valentina tínhamos muito em comum, o pai dela a amava, dava pra ver isso, mas ela se sentia sozin