POV Isadora Ferraz
A cozinha já não existia. As paredes, o chão, o mundo, tudo havia se dissolvido no espaço entre nossos corpos. Dante me puxou contra ele com uma urgência que fez meu sangue ferver. Seus dedos entrelaçaram-se nos meus cabelos, puxando minha cabeça para trás, expondo meu pescoço à boca dele. Seus lábios eram quentes, úmidos, vorazes. Cada beijo era uma marca, uma promessa, uma vingança contra todos os toques que eu não tivera em meses.
— Você não tem ideia do que eu vou fazer com você — ele rosnou, as mãos deslizando pelo meu vestido, encontrando o zíper nas minhas costas.
Um puxão. O tecido cedeu, escorregou pelos meus ombros e eu senti o ar frio contra a pele nua, mas não por muito tempo. Seu corpo era uma fornalha, pressionando-me contra a parede, e eu podia sentir cada músculo dele, cada linha dura, cada respiração ofegante.
— Dante — gemi quando seus dedos encontraram meu sutiã, contornando os seios antes de libertá-los. Sua boca seguiu o mesmo caminho, os lábios