(NARRATIVA DE ARIELLE)
Eu me sentei de frente para minha mãe na mesa de jantar. Tínhamos acabado de colocar Maverick para dormir e decidimos ficar acordadas um pouco mais para conversar sobre o dia enquanto dividíamos uma tigela de salada de frutas frescas.
— Está sendo tão complicado fazer isso sozinha, mãe. Quero dizer, com coisas como a de hoje acontecendo, tenho tanto medo pelo meu bebê. E se ele decidir aparecer de novo? — Perguntei, desesperada, evitando mencionar o nome dele como se fosse um tabu. Mas minha mãe percebeu mesmo assim.
— Eu te digo, aquele cafajeste ingrato deve agradecer aos céus por eu não ter feito mais do que já fiz hoje! Ah, como eu adoraria ter afundado ainda mais aquele rosto dele — Resmungou minha mãe com nojo.
— Bem, ainda bem que não fez. Não quero a polícia levando minha mãe por agressão — Brinquei.
— Ora, por favor. Eles concordariam comigo que ele merece tudo o que eu fizesse com ele, depois de eu explicar tudo o que ele fez com você — Ela insistiu.
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