Mas ele raramente sonhava com ela. Será que ela o odiava? Por isso nunca aparecia em seus sonhos?
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País M.
Hoje é a festa de aniversário de cinco anos de Aarão e Sérgio. Os dois meninos tinham acabado de vestir ternos infantis idênticos, e seus cabelos macios haviam sido especialmente arrumados por um cabeleireiro, que lhes deu penteados elegantes.
Com os rostos idênticos e trajes iguais, quem não os conhecesse bem seria incapaz de distinguir quem era o irmão mais velho e quem era o mais novo.
Sérgio, sorridente e cheio de energia, estava escolhendo uma gravatinha.
— Irmão, olha essa aqui! É bonita, né? Vamos usar essa? — Ele pegou a pequena gravata borboleta e correu animadamente até o irmão, posicionando o acessório perto da gola dele para experimentar.
Aarão, por outro lado, mantinha o rosto sério. Sua expressão fria transmitia uma maturidade incomum para a sua idade. Ele levantou a pequena mão rechonchuda, pegou a gravata colorida e infantil escolhida pelo irmão e