Ele falou com um tom de bajulação.Sophia percebeu e optou por ignorar.A exposição de arte era pequena, com poucas obras. Quando estavam quase no meio da visita, Davi parecia ocupado e saiu para atender uma ligação.— Presidente Davi, a família Cunha já foi resolvida.— Ok. — Ele respondeu de forma impassível, como se estivesse lidando com algo trivial.A exposição de arte foi rapidamente concluída, e Sophia esperou por ele na porta, com alguns seguranças seguindo ela silenciosamente. Ela, entediada, ficou ali, olhando para o calçamento da rua, que era diferente do de País H.Um menino que vendia flores se aproximou de Sophia com uma cesta, falando em País R:— Senhora, quer comprar uma flor?Sophia estava surpresa; ela não sabia qual era o seu nível de escolaridade, mas conseguia entender todas as línguas estrangeiras.Ela balançou a cabeça, indicando que não queria comprar.O menino sorriu e continuou:— O significado da íris é que boas notícias estão vindo de longe!Ela parou por d
Naquela época, Davi estava inspecionando o local à beira-mar quando a viu, deitada na praia. Ele a confundiu com Valentina e a salvou do mar. Quando ela acordou, percebeu que havia salvado a pessoa errada.Enquanto estava inconsciente, ela se parecia com Valentina, mas ao abrir os olhos, a semelhança era ainda mais evidente. A única diferença era a maneira de falar.Ao perceber que ela estava com amnésia e sem família, ele, naturalmente, a levou para viver com ele no lugar de Valentina. Ela, ao ver que ele estava com um contrato em mãos, não recusou.Quando foi cuidar de sua identidade, o nome "Sophia" veio a ele à mente, e ele decidiu chamá-la assim.Ele a levou para casa. No começo, as duas sempre moraram em quartos separados. Até que, certa vez, depois de um evento em que ele bebeu, Lívia e os empregados foram dormir, e Sophia, deixando uma lâmpada acesa, ficou esperando por ele e cuidou dele quando chegou.Foi assim que, naquela noite, os dois tiveram sua primeira relação. Os dias
Davi estava prestes a pressionar o polegar para encerrar a ligação quando parou por um momento, olhando para ela sem entender, até que o som insistente do toque o trouxe de volta à realidade. Deslizou o dedo para atender a chamada. — O que... — Ele mal começou a falar quando foi interrompido por uma voz feminina, irritada e de meia-idade. Era a mãe de Valentina. — Davi, você perdeu completamente a consciência? Minha filha desapareceu por três anos com você quando foram viajar para o País M. Agora que conseguimos trazê-la de volta, você a engravida e a abandona! Não tem vergonha? Ela está em recuperação, com o corpo destruído, e você simplesmente a deixou? Ela salvou a sua vida, e é assim que você retribui? E ainda anda por aí com uma vagabunda que apareceu se sabe lá de onde, levando essa mulher para viagens ao exterior! Você ainda tem coragem de se chamar de homem? A voz irritada da mãe de Valentina ecoava pelo telefone, alta o suficiente para que Sophia, sentada do outro la
Davi parou de caminhar e não respondeu, mas ordenou a Gabriel: — Deixe mais alguns seguranças para protegê-la. — Após dizer isso, ele saiu com Gabriel e uma pequena parte dos seguranças. Os dois se afastaram, indo em direções opostas. Um permaneceu sentado no mesmo lugar, continuando a tomar o café da manhã sem se despedir, enquanto o outro, irritado pelo pedido de celular dela, deixou o hotel a passos largos, sem olhar para trás. O som dos passos de Davi desapareceu gradualmente, e Sophia continuou sentada à mesa, tomando o café da manhã tranquilamente. Sem pressa, ela terminou de comer e disse aos seguranças próximos: — Preparem o carro. Vou voltar para me maquiar e me arrumar antes de sairmos. — Sim, Srta. Sophia. Com a expressão serena, Sophia retornou ao quarto e abriu o buquê de íris que havia comprado no dia anterior. "Boas notícias vêm de longe." Ao abrir a embalagem, ela encontrou um celular escondido dentro do buquê. No momento em que tocou o arranjo ontem
Quando Davi chegou ao hospital, Valentina já estava com os ferimentos tratados e descansava sentada na cama. Os pais de Valentina estavam com ela no quarto. Ele bateu na porta antes de entrar. — Davi, você veio. — Valentina foi a primeira a notá-lo. Seu rosto estava pálido e frágil, sem cor, mas seus olhos brilharam ao vê-lo. Os pais de Valentina, ao ouvirem a porta, se viraram. Hilário parecia relativamente calmo, embora seus olhos revelassem certa insatisfação. Hildegarde, no entanto, soltou um bufar de reprovação assim que viu Davi. — Hum, o grande presidente de uma multinacional está realmente ocupado! Só aparece quando ligamos, não é? Minha filha salva sua vida e, agora, mal volta e quase perde a própria por causa dele. Que ingrato! Valentina franziu as sobrancelhas, visivelmente desconfortável. — Mãe, por favor, não diga isso. Não foi culpa do Davi, foi minha própria falta de cuidado. — Você sempre o defende, mesmo depois de ele ter te decepcionado. — Hildegarde re
Ele realmente tinha um colega que era psicólogo.Depois de resolver as pendências, Davi estava a caminho do aeroporto, já no primeiro andar do prédio do hospital. Sua pálpebra direita não parava de tremer, o que só aumentava sua ansiedade."Agora que a situação de Valentina estava resolvida, restava apenas Sophia, que estava em País R. Ela não iria aproveitar essa oportunidade para fugir, certo?"Ele não conseguia relaxar e, de repente, começou a se arrepender de não tê-la trazido de volta com ele.Parou e ligou para o segurança responsável por protegê-la. O tom de ocupado soou por um longo tempo, mas ninguém atendeu.Justamente nesse momento, outro celular tocou; era o telefone de Sophia.Quando estava voltando de avião, ele, curioso, quis saber mais sobre Sophia e, ao retornar, havia ligado para o celular dela.Desligou a chamada que fez e atendeu a dela.— Alô, bom dia, aqui é o Hospital São Jorge. Eu gostaria de falar com a Srta. Sophia, por favor?Davi respondeu:— Não, não é ela.
O mundo girava, e um zumbido agudo e estridente preenchia seus ouvidos. Havia ocorrido um terremoto perto da Pousada Águas Termais, na Vila das Águas... Sophia... Era o hotel que haviam reservado, e Sophia ainda estava lá. Não, ele havia planejado o roteiro para aquele dia, Sophia sairia para passear e provavelmente não estava no hotel agora. Davi pensava com uma esperança irracional. — Gabriel, Bryan, vamos para o aeroporto agora, imediatamente, pegar o primeiro voo para o País R! A voz de Davi tremia, sua visão escureceu e, ao dar um passo à frente, não conseguiu se manter em pé e caiu para o lado. Gabriel e Bryan correram para segurá-lo, com o rosto cheio de preocupação, gritando: — Presidente Davi! Aeroporto. Davi continuava tentando ligar, tentando entrar em contato com o local. O assistente Bryan empurrou a porta da sala VIP. — Presidente Davi, devido ao terremoto na Vila das Águas, todos os voos para lá foram suspensos. Bryan abaixou a cabeça, sem cor
— O que você quer dizer com eu me preocupar demais? — Hildegarde disse, olhando ao redor da sala, sem ver Davi. Irritada, ela continuou: — Onde está o Davi? Já foi embora? O que é esse homem? Minha filha perdeu o bebê por causa dele, e ele não está aqui para ficar com ela! Onde ele está correndo agora?Hilário não queria ouvir a esposa gritar sem parar.— Chega, fala menos. Ele é o presidente, está ocupado, é normal.— O que tem de normal? Como você pode ficar do lado dele? — Hildegarde olhou para o marido com raiva e continuou a brigar. — Eu estou pedindo para ele assumir a responsabilidade pela Valentina! Ela engravidou e perdeu o bebê, e ele não vai se casar com nossa filha?— Mesmo o presidente não pode ser tão irresponsável! — Depois de repreender o marido, ela se virou para Valentina, tentando confortá-la. — Filha, não se preocupe, a mamãe vai fazer justiça para você. Vou garantir que ele assuma a responsabilidade.As principais plataformas de notícias estavam cobrindo a notíci