Três amigos, Olavo, Enrico e Raphael, buscam viver a vida intensamente, porém, não esperam viver uma história de amor, se um dia acreditaram nisso, hoje já não mais, mas vão encontrar o amor de forma avassaladora. O segundo a contar sua história é Enrico. Enrico Garibaldi Peixoto, foi criado por seus avós maternos, uma vez que sua mãe faleceu e o pai não era um exemplo. Com os ensinamentos do avô, assumiu a frente do conglomerado de empresas e hotéis de luxo, para o qual dedicava os seus dias. Mulheres, apenas para noites de prazer. Apenas sua família e amigos mereciam seu amor, afinal, para ele, não era digno de amor. Thaynara Clemente Cardoso, cresceu em uma família desestruturada, nunca soube quem era o pai e sua mãe sempre foi ausente. A falta que a família fez em sua vida, foi suprida pelas presenças de seu amigo George Felipe e sua mãe Idalina, pessoas que ama verdadeiramente, ou seja, sua verdadeira família, que a ajuda nos momentos mais difíceis e comemora com ela as vitórias. Ainda virgem, ela tem medo de se entregar e sofrer uma desilusão, sendo Enrico o único a despertar seu corpo e também seu coração. Ele, mesmo em meio as inibições autoimpostas, vê o muro que construiu ao redor de si mesmo ser derrubado, pela morena simples, meiga e doce. Ao mesmo tempo em que descobre nela, uma rocha inquebrável, ou seria como ele carinhosamente a apelidou, uma flor de diamante? Dois corações permeados por cicatrizes, mágoas e decepções, lutando para não sucumbir ao desejo. Com mistérios, reviravoltas, revelações de segredos e descobertas, em uma continuação eletrizante, Enrico e Thay, trazem sua história cheia de amor e perdão.
Leer más- Mulher difícil! – Falo, passando a mão no rosto e chuto a cadeira do meu escritório, na Discoteca Estrela, minha boate, situada no centro de Goiânia.
Olho para Thaynara abraçada a George, e o ciúme me coroe por dentro, queimando minhas entranhas, por ele estar fazendo o que eu tanto queria. A dor em meu peito é real. Confio piamente nele, ainda mais agora, sabendo o que sei, porém, meu coração não entende isso.
Eles parecem ser muito mais íntimos e mesmo que eu saiba a verdade. ainda que ele tenha se assumido homossexual, não confio em nenhum homem ao lado dela, mesmo que seja ele, tão especial para nós dois, apenas eu posso tocá-la intimamente, apenas eu posso beijar a sua boca e somente eu possuo o seu corpo.
Fico de frente para o vidro que ocupa toda uma parede do meu escritório, de onde posso ver toda a boate. Aqui é onde passo grande parte do meu tempo nas noites de balada. É fascinante o quanto o ser humano pode ser surpreendente, o quanto cada indivíduo é diferente e o quanto algumas pessoas podem ser sem noção. Por isso, gosto de observar, ver os casais se formando, assim como meu amigo Olavo e sua noiva Carolina fizeram aqui. Em outros momentos observar as reações quando uma investida sem noção não dá certo.
Daqui ainda posso ver George com os braços ao redor da cintura da minha mulher, sim minha, ela é minha, sempre foi, sempre vai ser e com certeza não vai por muito tempo ocupar o mesmo apartamento com outro homem, mesmo que de forma platônica, sua casa é aquele maldito apartamento vazio com seu cheiro impregnado naquele quarto.
Eu sei que eles, realmente, não têm nada, principalmente porque eles moram juntos a anos e até bem pouco tempo ela ainda era virgem. Mas, ver outro com ela mesmo que seja pensado, faz meu coração se partir. Só de imaginá-la em meus braços, meu membro pulsa em minha calça e posso sentir a eletricidade tomar meu corpo, vendo-a se desvencilhar dele, acompanhar Marcela, Nathalia e Amanda em uma dança sensual com a música que toca: “Guimme More - Britney Spears”.
Ela passa a mão pelo corpo de forma sensual, como se estivesse se exibindo, mostrando seus atributos para alguém e como se sentisse que é observada olha na direção do vidro, no exato lugar em que estou e jogando os cabelos, para trás dos ombros sobe as mãos pela lateral do corpo, toca os seios e sem piscar passa a língua pelos lábios, fazendo com que eu me contorça em excitação.
Sei que ela não pode me ver, mesmo assim, como se estivesse fazendo um show para ela, abro minha calça, e começo a me satisfazer sozinho, apenas com meus dedos como testemunhas, sentindo uma onda de luxúria me consumir, como só acontece com ela, apenas ela tem o dom de despertar minhas mais loucas fantasias.
Lembro-me que a porta está destrancada e que qualquer um dos meus funcionários pode entrar e me ver nessa situação, até mesmo Danila, porém me encontro em um alto grau de excitação, então não me preocupo e continuo meu voo solo, ao mesmo tempo em que ela, olha fixamente para o vidro, como se estivéssemos os dois sozinhos em um único ambiente, sem a barreira que nos separa.
Quando os últimos acordes da música soam, meu alívio vem forte, fazendo com que minhas pernas fiquem bambas, ao mesmo tempo em que Nat a pega pela mão, tirando-me do estado de luxúria em que nos encontravamos, os dois, mesmo ela não me vendo. Viro-me para pegar a caixa de lenços em cima da minha mesa e me deparo com alguém que não queria que estivesse aqui.
- Danila, a quanto tempo está aí? – Pergunto ao mesmo tempo em que retorno à posição anterior e vejo Thay com as amigas no bar.
- Tempo suficiente para me deliciar com a sua performance. – Sinto suas mãos passarem por meu abdômen e seus seios tocarem minhas costas.
Termino de me recompor, desfaço o contato, jogo os lenços que usei no lixo e coloco uma distância segura entre nós, sentando-me em minha cadeira, atrás da mesa.
- Se viu o que eu fazia, sabia que era um momento íntimo, então podia ter dado meia volta e retornado posteriormente. – Falo com a voz profissional, demonstrando nossa situação de chefe e subordinada.
- Você sabe que a virgensinha não vai te querer, não sabe?
- E onde te dei liberdade para falar comigo assim? – Levanto-me de um pulo e fecho os punhos para tentar manter a calma. – Aliás, você não tem o direito de falar sobre a Thay.
- Você está cego Enrico, não percebe que ela é uma dissimulada e que quer apenas o seu dinheiro e status? – Vejo que está tremendo, porém ela esconde isso, fixando as mãos no encosto da cadeira a sua frente.
Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida. Afinal, estou vendo minha maior preciosidade na terra, casando-se com a mulher que ama. Aquela que foi feita exatamente para ele, assim como minha Stella luminosa5, foi para mim. Ela estaria radiante se estivesse aqui, seu maior sonho era ver esse momento chegar. As vezes me questionava sobre isso, perdendo a paciência com a demora do nosso garoto em se entregar ao amor. Como sempre fui o paciente e calmo de nós dois, a acalmava com a certeza de que esse dia chegaria, cedo ou tarde, mas chegaria. Infelizmente ela não está mais entre nós para presenciar, mas onde estiver sentirá meu amor e a alegria que compartilhamos por ver ambos, ele e Thaynara, tão felizes.
- Eu iria te pedir em casamento, mas você, como a mulher excepcional que é, me surpreendeu, dando-me o maior dos presentes, – afaga minha barriga e Mel em seguida - nossos dois filhos. - Esse anel, - fala o colocando junto a aliança – é o símbolo do meu amor eterno. Selamos nosso compromisso com um beijo calmo e tranquilo, onde expressamos nosso amor, devoção e carinho, sem pressa.- Será que eu, a velha da história, terei que apresentar esses meninos a preservativos e anticoncepcionais?Ouço a voz de vó Izabel, seguida por risadas e então gargalhadas. Sorrimos em meio a nosso beijo, nos virando para todos e recebendo os cumprimentos, bem como a sessão de boas-vindas para Mel, já está sendo paparicada e cuidada pelas demais crianças.Estamos todos sentado
Após ficarmos 4 dias internados no hospital, para que não saíssemos sem a Mel, hoje estamos indo para casa, com ordem judicial expedida por um juiz amigo de Felipe. Com todo o ocorrido e a visita de uma assistente social, constatando o vínculo entre a menina, Enrico e eu, decidiram por mantê-la conosco, ainda mais perante a realização do teste de estudo de material genético de familiares, feito entre os três supostos irmãos. Ainda não falei com Enrico ou mesmo com meu amigo, mas essa menina não sai mais do meu lado, já que serei mãe, serei de duas crianças de uma vez. Ela se apegou a mim e eu a ela, não aceito que seja tirada do meu lado. Estamos indo para o apart
Após algum tempo, uma enfermeira muito simpática e linda, me busca para realizar o exame, doutor Alexandre é calmo e me explica tudo com paciência. Com o ultrassom e algumas perguntas sobre meu ciclo menstrual, confirma que estou grávida de 5 semanas. O bebê está bem e seu coração está demonstra o diagnóstico, sendo o som mais lindo que já ouvi, forte e constante, toma conta da sala, me fazendo derramar lágrimas de felicidade.- Vou te passar algumas vitaminas, exames para acompanhamento pré-natal e quero te ver na próxima semana. Mesmo que esteja tudo bem, é preciso tomar cuidado. – Me acompanha até a porta, onde a enfermeira me espera. – Você tomou um susto grande e ficou exposta.- Obrigado dout
Thaynara Estou literalmente em choque, olho fixamente para a médica em minha frente, que acaba de me dar a notícia que mudará toda a minha vida. Não emito nenhum som, não faço qualquer movimento. Em minha cabeça ouço o eco das suas palavras, as últimas que prestei atenção, depois delas entrei em um limbo.“Você está gravida”“Você está gravida”“Você está gravida”“Você está gravida” Volto a mim quando sinto algo frio atingir meu rosto, olho para o lado e vejo vó Célia com um copo na mão, ao mesmo tempo que sinto o líquido escorrer por meu rosto.
Fomos atendidos por uma equipe de profissionais que realizaram vários exames em nós três. Porém, fui separado delas em determinado momento e até agora não as reencontrei. Mel ficou o tempo todo agarrada a mim ou a Thaynara, chorando em alguns momentos, mas aceitando ser examinada, com as explicações que demos a ela. É uma menina muito calma e inteligente, porém o que me impressionou foi a maneira com que minha namorada conseguiu acalmá-la, será uma mãe maravilhosa. Estou em um quarto, pois os médicos pediram que eu ficasse em observação, devido a quantidade de sedativo que foi aplicada em mim. Segundo os médicos, tive muita sorte, por não ter
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