Três amigos, Olavo, Enrico e Raphael, buscam viver a vida intensamente, porém, não esperam viver uma história de amor, se um dia acreditaram nisso, hoje já não mais, mas vão encontrar o amor de forma avassaladora. O primeiro a Contar sua história é Olavo, brasileiro, filho de pai grego não possui orgulho da sua descendência. Um lobo solitário não pensa em se apaixonar, principalmente após sua história com a ex-mulher antes de ela morrer em um acidente suspeito. Retorna para a cidade onde mora a única pessoa de quem recebeu amor, sua avó Isabel. Onde decide instalar a cede de sua empresa, uma multinacional do ramo automobilístico. É quando conhece Carolina e se encanta por seus olhos de esmeralda, sua beleza, mas acima de tudo, por sua força e determinação. Carolina viveu um casamento permeado por mentiras, até se libertar e segue a vida dedicando-se aos filhos, sua maior felicidade, com apoio de seus amigos e família, mas principalmente, Nathália, sua melhor amiga. Nem sempre a vida é fácil e mesmo mesmos com as adversidade e os medos, conhece Olavo, que mexe com seus desejos. Ambos conseguirão viver essa aventura e não se apaixonarem? Duas almas machucadas podem se render ao amor?
Leer más2 anos antes
Carolina
Hoje é um dia daqueles que a gente deseja não ter acordado, sabe o dia em que tudo dá errado? Pois é, esse dia é hoje. Às vezes me acho a pessoa mais sortuda do mundo, outras vezes me vejo como o patinho feio, aquele que não acerta uma e ainda dançou sapateado na santa ceia, só pode.
Mas depois de tanto drama paro para refletir o que vai ser da minha vida de agora para frente, já que ela virou de cabeça para baixo e me fodi bonito. O que aconteceu, bem vou contar. Tenho 32 anos, me chamo Carolina Bueno Guimarães Peixoto, esse último adquiri com o casamento e parece que vou me desfazer em pouco tempo, tenho dois filhos, Ana Carolina Guimarães Peixoto de 8 anos e Luiz Miguel Guimarães Peixoto de 6 anos. Trabalho com o que realmente amo que é Arquitetura, me formei antes de me casar e ter filhos, investi na carreira e hoje sou realizada na minha profissão.
Eu tinha até 2 horas atrás um Marido, Daniel Oliveira Peixoto, quando o peguei na cama com uma mulher que nunca vi na vida, assim eu achava. Ele é representante comercial de uma dessas empresas de bebidas e conhece várias pessoas e deve ter sido em uma visita a qualquer desses estabelecimentos, onde encontrou essa mulher. Por que acho isso? Ele não sai de casa, NUNCA, sempre achei que ele vivia para nós, sua família.
Conheci o Daniel ainda com meus 16 anos, foi o que se pode chamar de amor à primeira vista, ele não é lindo de morrer, claro que não, mas é uma pessoa muito gente boa e de cara percebi isso. Estávamos no aniversário de uma amiga em comum, a Nathália, ela namorava o amigo galinha do Daniel, Fabrício, e queria me apresentar a ele para fazermos aquele lance de casais.
Ele chegou e se apresentou, me contou que tinha 21 anos recém completados a uma semana, e começamos um papo cabeça, pois eu no auge da minha adolescência, não parecia ter essa idade, sempre fui a frente e ele mesmo jovem me encantou com sua maturidade.
Conversamos por mais de 3 horas sem notar o tempo passar e quando nos demos conta era hora de ir embora, ele iria, pois eu dormiria na casa da Nathália. Ele e o Fabrício se foram, mas antes prometeram voltar para que saíssemos os quatro no outro dia. E assim, fizemos por 1 mês inteiro sempre conversando e de vez em quando trocando beijos singelos e tímidos, que me conquistaram por não terem a urgência que normalmente os rapazes tinham.
Em um dia ele me surpreendeu por me convidar para sair a dois, fiquei um pouco receosa de encontrá-lo sozinha, pois respeitava muito meus pais para que fizesse isso, dona Augusta e o senhor Manoel, eram um pouco conservadores. Mas, me surpreendendo mais uma vez ele foi na minha casa e pediu meu pai para que pudéssemos sair. Eu já não precisava pedir permissão para namorar e para passear, pois meus pais tinham uma relação de muita confiança comigo e minha irmã Marcela, mas ele ganhou meu respeito e dos meus pais com essa atitude.
Olhando para eles agora, minha família, penso o quanto valeu a pena me importar, amar incondicionalmente e acreditar que Olavo, meu menino perdido, podia ser mais, ser um homem de bem. Minha filha foi minha maior decepção, uma vez que a criei com amor e carinho, mas mesmo sendo difícil, tenho que reconhecer o quanto ela sempre foi transparente com suas vontades e ambições. Nunca vi em seus olhos o brilho que vi no meu menino. Rosa foi fruto de um estupro, fato esse que Olavo, não sabe e no que depender de mim, nunca irá saber. No início da gravidez, tive o medo ao qual, qualquer garota na minha idade teria, afinal naquela época, em que eu tinha 25 anos e era solteira, uma gravidez era sinônimo de
Hortência, sem ter opção concorda e as mulheres se reúnem todas para planejar essa união que esperou anos para acontecer. Relaxamos e nos espalhamos pela sala em pequenos grupos ou no caso das mulheres, em um grupão animado cheio de risadas. Passo o olho por aquele ambiente que há poucos meses, me pareceu tão solitário e sorrio, para a vida que ele ganhou com a chegada da mulher da minha vida. Vejo meu amigo Enrico parado com uma garrafa de cerveja na mão direita, as costas e um pé escorados na parede. Seus olhos estão fixos em uma única figura feminina, seguindo-a por toda a sala. Aproximo-me dele e falo baixo:- Se você sentir seu coração disparar, suas mãos suarem e um simples sorriso fizer com que seu dia seja iluminado, vá atr&a
Esperamos que Carolina se recuperasse dos machucados para falarmos sobre as revelações que ela me fez aquele dia no hospital. Já faz 20 dias que tudo ocorreu e ontem ela me contou toda a história. Hoje, reunimos todos os nossos amigos e interessados, incluindo dona Augusta, sua mãe, para que ela contasse para eles. Enquanto as quatro crianças estão jogando vídeo game na sala de TV, estamos todos reunidos ao redor da mesa da sala de jantar. Carolina falou por 20 minutos sem ser interrompida e agora faz pelo menos 5 que ela terminou, porém, todos continuam catatônicos, como se não acreditassem.- Beleza, agora eu tenho certeza de que estou vivendo uma novela. – Rita finalmente diz.- Cara, que porcaria de história cheia de coincidências &e
Trouxe Carolina direto para minha casa, que na verdade, sempre foi nossa. Acomodando-a no sofá, esperei que os meninos, com muito cuidado, matassem a saudade da mãe e fiquei ali só de telespectador para a sena mais linda que já presenciei na vida. O reencontro de uma mãe que ama seus filhos, com eles. Quando todos a tinham visto, trouxe-a para o quarto e acomodei-a para descansar, junto deles é claro, não poderia separá-los dela nesse momento, então agora estou aqui sentado em uma poltrona, sem conseguir tirar os olhos da minha família, das pessoas que me fazem muito mais completo. Por um momento naquele hospital, eu pensei em ir embora, em largar tudo para trás, mas acredito que não teria
Com a ajuda do meu cavalheiro, novamente, faço o que foi pedido e quando ele me acomoda na maca, um médico lindíssimo adentra a sala e nos cumprimenta.- Bom dia senhora. – Olha para meu homem. – Bom dia senhor.- Bom dia. – Respondo alegre ao mesmo tempo que ele o faz de forma bem seca.- Sou o doutor Alexander, farei seu ultrassom e caso tenham dúvidas, não deixem de perguntar. Quando olho para o meu namorado, está com cara de poucos amigos, analisando o médico, será que ele não gostou que seja um homem a fazer o exame ou será que ele percebeu que o médico é lindo. Sem me segurar, abro ainda mais o meu sorriso e tenho a minha resposta, pois ele fecha ainda mais o semblante. 
- Sim. – Responde mesmo que não tenha sido uma pergunta. – Queria lhe agradecer. – Olho-o confusa. – Eu me separei da mulher que eu mais amei na vida, para protegê-la de ficar ao meu lado e ser atingida pelos podres que me rodeiam. Ela se casou com outro, teve um filho, perdeu-o para uma doença e eu continuei sozinho, pois não consegui ter mais ninguém, não com o grande amor que tenho aqui dentro por ela. – Aponta para o peito, bem no local em que fica o coração.– E ontem, vendo as palavras que você disse aquele homem, percebi o tamanho do sofrimento que causei, tanto a ela, quanto a mim.- Aprendi da pior forma, doutor, que não podemos escolher pelos outros, cada um deve ser responsável por suas escolhas.- Isso é verdade. – Passa as mãos pelo rosto. – Não sei ainda o que irei fazer, mas de uma coisa tenho certeza, irei procur
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