+18 Após a morte seus pais e se encontrar completamente sozinho no mundo, Gustavo foi levado aos mais diversos serviços apoio ao menor, encontrando nesses lugares ao invés cuidado e ajuda, abusos físicos e mentais. Seu corpo foi marcado, tirando dele toda a sua inocência e aos 14 anos de idade fugiu, indo morar nas ruas da cidade de São Paulo. Usou a única coisa que conhecia para garantir o seu sustento, cresceu disponibilizando o seu corpo para o prazer de outras pessoas, vivendo a vida mais precária que um ser humano poderia viver. Hoje, um homem formado, tem a prostituição como sua profissão e seu corpo como santuário. A vida irá apresentar a ele uma nova chance, novas pessoas, novos ambientes, um novo mundo, entenderá o que é amar e ser amado de verdade! Mas prepare-se, nem sempre as coisas são o que aparentam ser. Perca-se nas curvas de Gustavo e permita-se sentir o prazer que somente ele poderá lhe dar.
Leer másAcordou com os primeiros raios de sol em seu rosto, pegou no sono onde estava, com a taça vazia de vinho na mão. Espreguiçou-se e curtiu a preguiça do momento, sabia que ainda teria tempo para um banho e um bom café da manhã, e assim o fez. Às oito horas em ponto estava do lado de fora do hotel, de frente para o grande carro preto. Armando desceu o vidro escuro e esboçou o que pareceu ser um sorriso para o rapaz que, meio sem jeito, abriu a porta da frente, sentou-se e puxou o cinto sobre o corpo. — O que foi? — perguntou ainda sem graça, o grandalhão ao seu lado o encarava. — Não vai aqui na frente. — A voz rouca e forte, ecoou entre eles. — Vou sim, não é meu motorista, não vou lá atrás sozinho — respondeu dando de ombros, acomodando-se ainda mais no banco de couro. Armando pareceu pensar sobre o que acabou de ouvir, olhava intensamente para o jovem ao seu lado e foram os dez segundos mais longos da vida de Gustavo, mas não abaixou a cabeça, sustentou o olhar do grandalhão. — Ok
— Só eu acho estranho essa mania que ela tem de “experimentar” os contratados? — Jéssica falava de sua mesa, na mesma sala em que Gustavo trabalhava.Após o casamento e o mês que tiraram para matar a saudade que diziam sentir um do outro, e colocar a casa e duas vidas em uma só dentro do apartamento, Jéssica foi trabalhar com Gustavo e Claudia. Dividia com ele a sala no escritório, suas mesas ficavam uma de frente para a outra e mesmo depois de cinco meses gerenciando o financeiro da Clímax, não conseguia entender a forma que Claudia, agora sócia de Gustavo, escolhia os funcionários.— Não, amor. — Ele riu, tirando sua atenção da tela do notebook para olhar sua esposa que o encarava. — Mas eles não se importam e vem dando certo assim, não vejo motivos para mudar. — Deu de ombros.Ficaram
Três meses depois...— Gustavo, respira! — Claudia repetia a mesma frase.— E se ela não vier? Vai ver que cometeu um erro, que não sou bom o bastante para ela, Otavio vai mostrar a ela toda a verdade. — As palavras saíam com dificuldade, ele já não conseguia respirar direito.Estavam todos do lado de fora da igreja, faltavam minutos para o casamento começar. Olivia teve somente três meses para preparar tudo e desempenhou o papel com a ajuda de Claudia. A igreja Nossa Senhora do Brasil, que tem uma fila de espera de mais ou menos um ano, rapidamente abriu uma exceção quando o pedido veio de três nomes tão conceituados. Desde pequena Jéssica dizia que iria se casar ali, como uma princesa dos desenhos que assistia, e seu pai não iria decepcioná-la. Tudo, ainda que em meio a c
— Sabe que não vejo problema algum nisso, mas você disse não me queria com os clientes.Jéssica arrumava as malas enquanto conversa com a madrasta no viva voz, não entendia o porquê do pedido de Olivia, mas iria atender mesmo assim.— Você irá se divertir, será uma turma pequena e seletiva, somente umas cinco pessoas. Campos do Jordão é uma delícia essa época do ano.— Olivia, sei como é Campos essa época do ano: frio, frio e frio. — Ela riu, colocando na mala mais uma jaqueta. — Mas ok, irei com prazer, eu adoro o chocolate quente de lá.Ouviu a risada contagiante do outro lado da linha e não entendeu mesmo o porquê daquela empolgação toda, sempre soube o quanto ela levava a empresa a sério, mas aquilo era um pouquinho demais. Jéssica acabou de arrumar suas coisas e, a
Assim como prometido, antes mesmo de Gustavo chegar no carro, o endereço de onde Jéssica estava foi recebido por mensagem no celular. Ele olhou e viu que não era muito longe e em menos de quarenta minutos estava parado na frente de um grande salão. Após se identificar para um dos seguranças e reconhecer a eficiência de Olivia, pois a mesma garantiu que sua entrada fosse liberada sem nenhum empecilho, Gustavo foi recebido por sorrisos gentis, alguns acenos educados, servido por um dos garçons que cruzou o seu caminho enquanto reconhecia o território atrás de seu verdadeiro alvo. De forma discreta e se misturando ao mundo que ele passou a conhecer tão bem no último ano, retribuía os sorrisos, entendia o rubor na face de alguns rostos conhecidos, mas foi o riso baixo e o jeito alegre e contagiante dela no canto mais discreto do salão, cercada de pessoas que sorriam com a mesma intensidade d
JéssicaEnquanto Gustavo caminhava na direção da mulher sentada no bar à sua espera, Jéssica ouvia as palavras ditas por ele repetidas vezes, como se todo o cenário ao seu redor simplesmente tivesse desaparecido e a única verdade que realmente importava era aquela: ele sentiu-se sozinho, abandonado. E Claudia foi a pessoa que o acolheu quando ninguém mais o ajudou. Viu quando o homem que amava, envolveu a cintura de outra mulher e os dois saíram, trocando um olhar carregado de cumplicidade, e ela ficou ali, sentada, sozinha, sem saber até que ponto a sua falta de posicionamento prejudicou sua vida.— Jéssica. — Sentiu o toque em seu ombro. — Jéssica. — Alguém a balançava com mais firmeza. — Jéssica, querida.Olhou para o lado e viu Olivia parada, a sacudindo levemente, observando-a com certa preocup
Último capítulo