TODOS os capítulos e episódios de MEU MARIDO ME REJEITOU: EU DEI A VOLTA POR CIMA a Tônia Fernandes - Página 6 - BueNovela

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Todos os capítulos do MEU MARIDO ME REJEITOU: EU DEI A VOLTA POR CIMA: Capítulo 51 - Capítulo 60

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####INFORMAÇÃO

Los Angeles: O contato com o Detetive Adric estava em seu escritório em Los Angeles, cercado por montanhas de arquivos e café frio. — Ele revisava alguns documentos quando seu celular vibrou insistentemente na mesa. — Ao ver o nome do detetive na tela, um misto de ansiedade e expectativa tomou conta dele. —Atendeu imediatamente, com a voz tensa refletindo a preocupação que o consumia. — Diga — ordenou, tentando esconder a inquietação que se acumulava em seu estômago.Do outro lado da linha, a voz do detetive soou calma e profissional, em contraste com a agitação do homem no escritório. — Senhor, o senhor me perguntou ontem se eu tinha novidades sobre a senhora Elara. — Venho informar que não houve nenhum movimento adicional. Ela ainda está no cruzeiro.Adric franziu a testa, confuso. — No cruzeiro? Ainda? — perguntou, incrédulo. — Sim, senhor. —Ela está em alto-mar, aparentemente, são férias longas. Um meio riso

A LIGAÇÃO QUE ELE NÃO ESPERAVA — O celular de Lara vibrou dentro do avental enquanto ela organizava os produtos de limpeza na prateleira da copa de serviço, e por um instante ela pensou em deixar tocar, porque nenhum número desconhecido, naquele ponto da vida, merecia sua paz recém-conquistada, mas o toque insistente trouxe à mente que aquele era o único número ativo por segurança, um número que ela tinha prometido a si mesma atender apenas se necessário, e ainda assim, respirou fundo e deslizou o dedo pela tela, levando o aparelho ao ouvido. — Alô?Silêncio. Um silêncio curto, porém pesado, como se alguém reunisse coragem do outro lado.E então a voz dele.Aquela voz que um dia ela acreditou — tola, ingênua e esperançosa — que pudesse ser um porto, um início, um lar; mas que, hoje, só fazia o peito dela endurecer como se criasse uma parede entre tudo o que ela foi e tudo o que ela se tornara.— Como é que você viaja em um cruzeiro e não

A SUÍTE DO DONO DISFARÇADOA porta da suíte presidencial fechou-se atrás dele com um clique suave.Por fora, era apenas mais uma das melhores acomodações do transatlântico. Por dentro, era o único lugar onde Nathaniel deixava cair, de vez em quando, a máscara de funcionário em supervisão e retomava, mentalmente, a posição de herdeiro e dono de uma frota que carregava seu sobrenome.Caminhou até a escrivaninha, ligou o notebook, pegou o telefone e discou um número que sabia de cor.— Raphael.O assessor atendeu na segunda chamada, voz desperta apesar do fuso.— Senhor?Nathaniel passou a mão pelo rosto, respirou fundo e foi direto ao ponto:— Preciso que você faça uma pesquisa agora. Rápida e minuciosa.— Nome? — Raphael não perguntou o motivo. Aprendera, ao longo dos anos, que perguntas vinham depois dos fatos.— Lara Vasquez — respondeu, deixando que o nome viesse primeiro como ele a conhecia ali. — Camareira, setor de serviços gerais, neste cruzeiro master. Quero tudo: nome completo

NATHANIEL — O QUE ELE OUVIU SEM QUERERNathaniel caminhava pelo corredor de serviço com a calma de quem já dominou cada centímetro do navio, seu passo firme e confiante refletindo anos de experiência em um ambiente que para muitos poderia ser avassalador. — O crachá virado ao contrário, como um pequeno ato de rebeldia contra as formalidades do lugar, e a camisa ainda dobrada nos antebraços, ele se aproximava da pequena copa onde Lara organizava os produtos, o cheiro do café recém-preparado pairando no ar. — Quando ele estava a poucos passos da porta, o som do nome dela ecoou no ar, interrompendo seus pensamentos. — Era um som que lhe era familiar, mas ao mesmo tempo absolutamente estranho.— Adric…Antes mesmo de sua mente processar a informação, o corpo dele reagiu. —Ele parou como se uma corrente elétrica tivesse percorrido sua espinha, a presença daquela voz o atraindo para um cenário que ele nunca pensou em testemunhar. — O nome nã

####O AFASTAMENTO

SOZINHO NA SUÍTE (VERSÃO AMPLIADA)A porta da suíte se fechou atrás dele com um estalo surdo, abafado, como se até o navio soubesse que algo havia desmoronado dentro dele. — Nathaniel ficou parado por alguns segundos, com a mão ainda na maçaneta, tentando costurar lógica num quebra-cabeça que parecia ter sido jogado no chão.Lentamente, caminhou até a mesa de trabalho, onde o tablet vibrava com as notificações que Raphael havia enviado minutos antes: —Ele se sentou, respirou fundo e abriu o arquivo.E ali estava, tudo, as informações detalhadas sobre Lara. — Ou… sobre quem ele achava que era Lara.Fotos, e documentos, dados oficiais.A primeira imagem era uma foto dela — um registro formal, provavelmente de RH — e ele sentiu o peito apertar ao reconhecer aquele rosto que, por dias, dormiu no peito dele.Mas agora, a mesma imagem tinha outra cor.Outra verdade.Abaixo, estava o nome completo:

O refeitório dos funcionários estava movimentado, cheio de conversas cruzadas, talheres tocando em bandejas de inox e risadas soltas que preenchiam o ambiente com aquela familiaridade típica de quem divide longas jornadas em alto-mar.Nathaniel entrou ali com o corpo no piloto automático, mas a mente… estava um caos silencioso.Ele mal percebeu o som ao redor. O mundo parecia abafado, como se ele tivesse mergulhado embaixo d'água.Os olhos dele encontraram Lara antes mesmo de ele registrar conscientemente que ela estava ali.Sentada com Lucy, rindo de algo que a outra camareira dizia, os óculos tortinho de sempre no rosto delicado, a postura relaxada — tão diferente da mulher que ele vira há pouco, firme, magoada, libertando-se de um passado que ele não entendia.E era isso que doía.Ele não entendia quem, de fato, ela era.Lara levantou o olhar, encontrou o dele e sorriu.Um sorriso pequeno, gentil… que apertou algo no p

Quando o turno dela terminou, Lara caminhou até a suíte de Nathaniel com o coração apertado numa ansiedade muda, aquela sensação de que precisava ver o rosto dele, ouvir a voz dele, entender por que ele estava tão distante desde o almoço. Respirou fundo diante da porta, ajeitou a gola do uniforme e bateu duas vezes.Nada.Bateu novamente, mais forte.Silêncio absoluto.Ela puxou o ar devagar, tentando ignorar a pontada estranha no peito, e foi quando um camareiro passou com o carrinho de roupa limpa.— Marck… — ela chamou baixo — você sabe me dizer se o Nathaniel já saiu para o jantar?O camareiro parou, apoiando o braço no carrinho, com expressão séria.— Jantar? Não, Lara… ele não foi jantar, o Nathaniel foi embora.As palavras bateram nela como vento gelado.— Embora? — sua voz saiu quase num sussurro. — Como assim?— Ele foi embora às duas da tarde, você não viu o helicóptero de emergência

O jantar seguiu com um silêncio confortável depois da última revelação de Elara. Lucy não insistiu, apenas observou a amiga com um olhar que misturava surpresa e um respeito que antes não existia. Havia algo diferente nela — algo que só nasce em quem, finalmente, escolhe a própria vida em vez de sobreviver dentro dela.— Então… você pretende continuar como camareira até o fim da viagem? — Lucy perguntou por fim, levando o garfo à boca, a voz baixa para que ninguém ao redor ouvisse.Elara assentiu.— Sim, Lucy. É a primeira vez em muito tempo que eu me sinto… leve. Invisível, mas bem. Ninguém espera nada de mim. Ninguém me cobra postura, etiqueta, notas do piano, comportamento impecável. Aqui eu só… existo.Lucy sorriu, um sorriso doce.— E só eu sei quem você é.— Só você — repetiu Elara, com sinceridade. — E eu agradeço por isso. Eu precisava confiar em alguém… e você foi essa pessoa.Lucy deu uma batidinha de

####DECISÃO DE ELARA

CHEGADA DE ELARA À COBERTURA — CENA AMPLIADAA porta da cobertura se abriu com um clique suave quando John girou a chave. — Assim que Elara atravessou o umbral, o cheiro familiar de casa — o perfume leve de lavanda misturado ao aroma de comida fresca — envolveu-a como um abraço silencioso. — Havia semanas que ela não pisava ali, e mesmo assim parecia que tinha voltado de anos distante.A governanta, Helena, surgiu da cozinha com o avental impecável e um sorriso acolhedor, daqueles que só quem viu suas dores de perto poderia oferecer.— Eu preparei o almoço, senhora.Elara tirou o casaco, pousando-o sobre a cadeira próxima, e balançou a cabeça com um sorriso cansado, porém gentil.— Aqui você não precisa me chamar de senhora, Helena, você pode me chamar de Elara, nós somos amigas… e obrigada pelo almoço.Helena assentiu, embora ainda com aquela formalidade respeitosa que jamais abandonaria, mesmo com toda a liberdade que Elar

O SONHO DE ELARA — CENA AMPLIADA, PROFUNDA E EMOCIONALO cansaço do corpo finalmente venceu a firmeza que ela mantinha nas palavras, nos gestos e na postura desde que descera do transatlântico. Após o banho, o quarto silencioso a envolveu como um abraço morno, e o cheiro leve do perfume que Helena borrifava sempre na suíte — lavanda e jasmim — começou a dissolver as defesas emocionais que ela sustentava desde que o helicóptero levara Nathaniel embora sem uma palavra.Ela adormeceu rápido, mas o sono não foi gentil.Assim que seus olhos se fecharam, o silêncio do quarto deu lugar a um corredor branco, enevoado, tão familiar quanto estranho. — E de dentro da névoa, a voz dele surgiu — não arrogante, não distante, mas ferida. Reconhecendo algo que ele não compreendia.— Você mentiu para mim Lara, não me contou que você era...Elara virou-se devagar, Nathaniel estava ali, tão vivo, e real era como se estivesse de pé no quarto dela. As ro

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