Quando eu submeti minha monografia, mentiria se dissesse que tinha alguma esperança de que fosse aceita. Eu sabia que encontrariam qualquer desculpa para recusá-la, porque o que eu propunha colocava o governo em uma posição desconfortável. Já tinham me rotulado, já tinham me observado, e agora, minha pesquisa poderia obrigá-los a confrontar verdades que preferiam ignorar. Mas, para minha surpresa, aceitaram. Admitiram minha monografia e, além disso, marcaram uma conferência online para que eu a defendesse. E não seria apenas uma defesa acadêmica nacional. Seria uma defesa internacional. Eu não esperava que o trabalho que realizei nesses quatro anos fosse impactar minha instituição dessa forma. Não imaginava que eles enxergariam minha pesquisa como uma ferramenta para pressionar o governo a reavaliar sua metodologia. Mas aconteceu. Então eu me preparei. Estudei cada detalhe. Analisei cada possibilidade. Me dediquei para que minha apresentação fosse impecável. E chegou o momento

Depois da conversa com minha mãe e minhas tias, fui para o quarto descansar. Acordei ao ouvir o barulho da porta. Por um instante, pensei que fosse Alex, mas, assim que meus olhos se focaram nitidamente, me deparei com uma miniatura. O menino tem cabelo vermelho brilhante, pele clara e olhos verdes. Ele veste um terno escuro listrado, uma camisa azul-clara e uma gravata com padrão vermelho e preto. Sua expressão é séria e neutra, e ele está parado diante da porta. Levantei-me rapidamente. — Oi... Ele me olha fixamente, sem responder. — Eu... eu não sei se você sabe quem eu sou. Continua observando, franzindo um pouco a testa. — Eu sou sua mãe. Pisca algumas vezes, como se tentasse entender. — Você está tão grande... Lembro de quando te segurei pela primeira vez. Você era tão pequeno. — Eu sou grande. — diz baixinho. — Sim... e forte, dá para ver. Você se parece muito com seu pai. Desvia o olhar por um instante, depois volta a encarar. — Eu... queria tanto te

ANOS ATRÁS... Lyuba Urash.Nikolai só pode estar louco se pensa que irei aceitar ser amante. Ele só pode estar louco. Não é só porque minha mãe aceitou se submeter a esse tipo de coisa que eu irei aceitar. Ele que se foda.Logo depois que ele saiu, fiz compasso de espera de dez minha até, tentar sair da casa e verificar que as portas estão trancadas. — Oi, você pode me passar as chaves. Tenho de sair, é uma emergência.— me dirge a governanta.— Às chaves não estão comigo, Sr. Nikolai as levou.— Aquele merda.— resmuguei. Indo para o quarto dele.As janelas não estão gradeadas e não são muito altas, dá para saltar. O problema são os homens em volta da casa, o portão trancada e a muralha de Jericó em torno da casa. Estou fodida. Coloquei as mãos na cabeça irritada. Peguei meu celular e liguei para Roger.— Oi, não tenho como chegar até você. — Porquê? Aconteceu alguma coisa?— Não, nada demais.— Eu já disse, você pode contar comigo para tudo. Não precisa me esconder nada.Por mai

Ruim, não é ser esposa de Niko, ruim, é ser sua amante. Sua segunda opção, sua segunda esposa, seu capricho, seu ego. Isso sim é ruim. Eu nunca na vida irei competir com a mulher que lhe deu um filho, o que ele está tentando fazer? Me abalar? Me destruir por dentro? Sim. É óbvio que sim. Quantas vezes ele disse que o faria?Se passaram três dias desde que assinei a maldita certidão de casamento, e nesse tempo ele não esteve na casa. Eu não podia sair, sequer para o jardim. Ficando trancada esperando que ele regressasse, provavelmente da casa da sua esposa. E isso me comia por dentro.No meio ao tédio, eu apreciei a jóia, banhada a ouro, no interior da aliança está escrito o nosso nome. Do lado de fora, apenas as siglas, é uma jóia simples, mas com detalhes complexos, leve apesar de me pesar o coração. É lindo. Como não tenho nada a fazer, passo maior parte do tempo dormindo ou tendo pesadelos. Sonho coisas desconexas, mas que abalam completamente meu psicólogo. Eu durmo, mas não desc

Estou soluçando sem parar e sem conseguir me controlar. Minhas vistas ardem, e meu peito dói. Ele me abraça, nós deitando na cama. Mas sem tirar o pau dele, dentro de mim. Beijou minhas lágrimas, se divertindo do meu sofrimento. Nikolai é um doente insano. Malvado. O título que se atribuí a Vladmir devia ser dado a ele. Psicopata. — Ei, eu sinto sua dor também. — diz calmamente — é insano e desumano, mas quanto mais você chora por mim, mais vontade tenho de te fazer chorar. — Você me odeia. Quer me matar, se juntou com os Hamas para me destruir. — acuso, mas se elevar o tom de voz, sem o encarar, sonolenta de tanto chorar por um babaca louco.— Isso não é verdade. Só quero te prender a mim, o máximo que eu puder, antes que alguma coisa corra para ti tirar de mim. — fez uma pausa — sabe que se ficar grávida, toda chance de ir embora é nula. Caso não terá de escolher, liberdade ou o bebê. Estava anexado, na certidão do casamento. — disse passando a mão em meu ventre.Eu nem li a mal