Depois, ficamos deitados entrelaçados.Minha cabeça no peito de Sebastian.Ouvindo seu coração bater lentamente voltando ao normal.— Como você se sente? — perguntou ele, acariciando meus cabelos.— Completo — respondi honestamente. — Pela primeira vez na vida, me sinto completo.Sebastian beijou o topo da minha cabeça.— Eu também.— Sebastian?— Hm?— Não me arrependo de nada. De toda a mentira, de toda a confusão, de tudo que passamos. Porque nos trouxe até aqui.Senti Sebastian sorrir contra meu cabelo.— Nem eu.Adormecemos assim.Completamente entrelaçados.Mais próximos do que jamais havíamos estado.POV SEBASTIANAcordei na manhã seguinte com Oliver ainda dormindo em meus braços.Seus cabelos loiros espalhados pelo meu peito.A luz do sol filtrava através das cortinas.Criando um halo dourado ao redor dele.Nunca havia me sentido tão em paz.Tão completamente satisfeito.A noite anterior havia sido... indescritível.Ver Oliver se entregar a mim com tanta confiança.Sentir noss

POV OLIVERA viagem até o hospital pareceu durar uma eternidade.Richard dirigia em silêncio.Suas mãos apertadas no volante.Enquanto eu ficava no banco do passageiro tentando processar o que ele havia me contado.Sebastian havia sido encontrado inconsciente em seu escritório por volta das duas da tarde.Havia sinais evidentes de luta.Sangue no chão.Algum tipo de gás tóxico havia sido liberado no ambiente.Os paramédicos disseram que se ele tivesse ficado lá mais quinze minutos, poderia ter sido fatal.— Eu sabia — murmurei, olhando pela janela sem realmente ver nada. — Eu sabia que algo ruim ia acontecer.— Oliver...— Eu disse para ele tomar cuidado. Disse que tinha uma sensação estranha. Por que não insisti para ele ficar comigo?— Isso não é culpa sua — Richard disse firmemente. — Você não podia saber que algo assim aconteceria.Mas a culpa estava me corroendo por dentro.O pressentimento havia sido real.E eu não havia feito o suficiente para protegê-lo.Quando chegamos ao Hos

— Não, obrigado.— O senhor está aqui há quase doze horas. Precisa se cuidar também.— Estou bem aqui.O médico suspirou.— Sebastian está estável. Temos a melhor equipe cuidando dele. Não há nada que o senhor possa fazer aqui que nós já não estejamos fazendo.— Posso estar com ele. Posso segurar a mão dele.Richard, que havia voltado com mais café, se aproximou.— Oliver, o médico tem razão. Você precisa descansar.— Não vou deixá-lo sozinho.— Ele não está sozinho — disse Dr. Harrison gentilmente. — Tem enfermeiras checando ele a cada quinze minutos.— Não. — Cruzei os braços teimosamente. — Não vou sair daqui.Christopher tentou convencer:— Ollie, você não vai ajudar Sebastian ficando exausto.— NÃO. — Minha voz saiu mais alta que pretendia.— Vocês não entendem. Eu prometi que não ia deixar ninguém mais machucá-lo. Como vou fazer isso se não estiver aqui?Os três homens trocaram olhares preocupados.— Oliver — Richard disse baixinho. — Você não pode se culpar por isso.— Posso si

POV OLIVERNa manhã seguinte, a polícia chegou com novidades que me deixaram ainda mais destroçado.— Encontramos nas câmeras de segurança do hospital — disse o detetive Morrison, mostrando imagens no tablet. — Marina Castellanos entrando pela porta de serviço às duas e quinze da manhã.Senti meu estômago revirar ao ver as imagens.Marina caminhando pelos corredores como se fosse dona do lugar.Depois saindo apressadamente após os alarmes começarem.— Como ela entrou? — perguntou Richard, que estava ao meu lado na sala de reuniões do hospital.— Temos uma enfermeira temporária que admitiu ter deixado a porta destrancada em troca de dinheiro. Ela está sendo presa agora.— E Marina? — perguntei, minha voz rouca de exaustão.— Emitimos um mandado de prisão. Estamos procurando por ela, mas ela parece ter desaparecido.Richard passou o braço pelos meus ombros quando viu que eu estava prestes a desmoronar.— É minha culpa — murmurei. — Eu estava dormindo. Ela quase matou Sebastian e eu esta

Como a polícia estava procurando por Marina Castellanos em conexão com tentativa de homicídio.Como havia uma recompensa por informações sobre seu paradeiro.— MERDA! — gritou ela, jogando o jornal através do quarto.Seu telefone tocou.Era um dos homens que havia contratado para o ataque inicial.— Vejo que seu plano não funcionou — disse a voz fria.— É temporário — disse Marina. — Ele ainda vai pagar.— Não haverá próxima vez. Você está na capa dos jornais. A polícia está procurando você. Nosso acordo terminou aqui.A ligação foi encerrada.Marina olhou pela janela do apartamento.Vendo policiais patrulhando as ruas.Mas ela não terminara com Sebastian Blackwood ainda.Se não podia tê-lo, ninguém podia.E da próxima vez, não deixaria nada ao acaso.POV OLIVERTrês dias depois, finalmente chegou o momento que estávamos esperando.Sebastian recebeu alta médica.— Lembrando — disse Dr. Harrison enquanto assinava os papéis de liberação. — Repouso absoluto por pelo menos duas semanas. N