Uma enfermeira temporária que devia alguns favores tinha deixado uma porta de serviço destrancada.
Ela deslizou para dentro do quarto como uma sombra.
Oliver estava dormindo na cadeira desconfortável.
Cabeça inclinada para um lado.
Sebastian permanecia imóvel na cama.
O respirador subindo e descendo em ritmo mecânico.
Marina se aproximou lentamente da cama.
Seus olhos fixos no rosto machucado de Sebastian.
— Olha só como você está — sussurrou baixinho, uma satisfação cruel em sua voz. — Tão vulnerável. Tão... indefeso.
Sebastian não reagiu.
Perdido na sedação médica.
— Você achou que podia me rejeitar? — continuou Marina, sua voz baixa mas cheia de veneno. — Achou que podia me humilhar na frente daquele garoto patético e sair impune?
Ela circundou a cama lentamente.
Como um predador estudando sua presa.
— Eu te ofereci tudo, Sebastian. Meu amor, meu corpo, minha vida. E você escolheu aquela... aquela criança manipuladora.
Marina parou ao lado dos equipamentos.
Estudando os fios e tubo