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Todos os capítulos do CONTRATO DE TRAIÇÃO : Capítulo 11
- Capítulo 13
13 chapters
####O PEDIDO
Você mesmo me disse que tem seus vícios, seus hábitos, e não sou ingênua ao ponto de acreditar que seja algo tóxico, e sim sobre, os prazeres da carne. Dificilmente um homem como você, acostumado à liberdade, conseguirá manter-se fiel em um casamento que não nasceu do amor, mas de um papel.Jano arqueou as sobrancelhas, firme:— O mesmo eu digo para você.Balancei a cabeça com serenidade.— Não, Jano quanto a mim, você não precisa se preocupar, eu fui educada com princípios religiosos. Se um dia eu conhecer alguém e me apaixonar, você será o primeiro a saber. Eu pedirei o rompimento do contrato. Mas não te trairei em hipótese alguma. Nem a você, nem a mim mesma, e muito menos a minha fé. Porque trair, para mim, é desonrar os princípios que carrego desde que aprendi a distinguir o certo do errado.Voltei-me para os advogados, determinada:— Amanhã, então, os senhores dão entrada na anulação. Vocês trouxeram os documentos?— Sim. — respondeu um deles, erguendo uma pasta.Assenti.— En
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####A DEPRESSÃO DE MELINA
Jano se recostou na cadeira, os olhos sérios, e se voltou para o pai dela: — A sua filha, — disse devagar, quase como quem pesa cada palavra — está tentando mostrar força. Uma força que impressiona, sim, mas que eu temo que esteja se transformando em algo perigoso. Eu vejo nela sinais de alguém que está à beira de um colapso, talvez um quadro depressivo. O pai dela suspirou, incomodado. — Depressão? Ela sempre foi uma menina firme. Jano negou com a cabeça. — Não, senhor, ela não está preocupada consigo mesma. Está preocupada com todos os outros: com as famílias que dependem dessas empresas, com a imagem da enteada da sua esposa, até com a honra do meu irmão. Mas com ela? Nada. Essa resiliência é admirável, rara de se ver hoje em dia… mas também é um alerta. Quando alguém se esquece de si para carregar o peso do mundo, cedo ou tarde, quebra. O advogado pigarreou, apoiando os óculos sobre o nariz. — Concordo com o senhor Jano. O contrato deveria ter sido lido e explicado a
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####O CONFRONTO
Ele respirou fundo, fitando-a com uma seriedade que atravessava o ar como uma lâmina fria.— E até onde eu me lembro, o pivô desse escândalo foi a sua filha.Ofélia piscou, surpresa, como se tivesse levado um tapa invisível. O rosto empalideceu sob a maquiagem impecável, e a voz, antes altiva, saiu trêmula:— Está, querendo dizer que a culpa é da minha filha Luna? — gaguejou, tentando recompor a postura com a elegância ensaiada de quem nunca admite derrota.— Não estou querendo dizer, estou afirmando— retrucou ele, firme, a voz grave ressoando na sala como o toque de um martelo em tribunal. — Quem estava no banheiro com o meu genro não era a minha filha, Gemima. Era a sua filha Luna, quem destruiu a confiança de duas famílias, expondo todos nós ao ridículo, foi ela. Então, se alguém aqui deve carregar o peso maior desse vexame, é a sua filha, não a minha.O silêncio que se seguiu foi denso, quase palpável. Ofélia engoliu em seco, apertando os lá
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