Em um orfanato no meio dos subúrbios de Paris, as freiras se movem como sombras entre os quartos. Uma delas entra de repente na enfermaria com uma criança pequena e magra em seus braços.  — Novamente bateram nele? —pergunta a freira responsável pela enfermaria.  — Sim, mas desta vez quase o mataram —diz enquanto mostra o pequeno e debilitado menino que traz—. Veja-o, mal consegue ficar de pé. Tive que carregá-lo.  — Deite-o na cama e vá chamar o doutor. Eu vou limpá-lo —pede a enfermeira, ajudando a fazê-lo.  A freira que o trouxe faz o que pede e vai embora, deixando o pequeno na cama, todo ensanguentado.  — Não sei por que os humanos são tão cruéis. Como puderam abandonar uma criatura tão bela e frágil como você? —fala com lágrimas nos olhos enquanto tira a r

JACKING:Teka, que continua banhando Alexis com a energia luminosa branca, interrompe seu feitiço e abaixa as mãos. Ela se vira para me olhar, acenando com a cabeça. Meu beta Amet pega Antoni pela mão e volta a se sentar.  — Me parece uma ótima ideia, meu Alfa —concorda comigo—. Agora vamos localizar Paul. Sabemos que ele é da Arábia.  — Ele é do deserto de Palmira, na Síria —me disse Julieta no futuro. Também lembrem-se de que ele é um lobo —me informa Horácio—. Meu Alfa, você pode localizá-lo facilmente.  — Com ele, eu acho que tudo ficará mais fácil. Jacking, Horácio está certo, você pode localizá-lo como Alfa Supremo —opina meu Celta, que permaneceu em silêncio em um canto.  — Você tem razão, Bennu. Isso mesmo que e

JACKING:Mas não obtive resposta; procuro com o olhar meu celta e o encontro com sua metade, Netfis, em seus braços, inconsciente, e seu irmão Héctor ao seu lado. Bennu tem um olhar de terror; é a primeira vez que o vejo tão perdido e assustado desde quando o conheci. Teka e Aha correm para examiná-la.  — Não se assuste, Bennu, ela só desmaiou —diz Teka, passando a mão por suas costas—. Deve ter batido a cabeça.  — O que aconteceu? —pergunto às meninas, que ainda não se recuperaram do susto e se mantêm abraçadas.  As meninas mal reagem à minha pergunta, olhando fixamente para Netfis, tentando processar o que acaba de acontecer. Isis é a primeira a conseguir articular palavras; embora entrecortadas, avança e para na minha frente, bem segura.  — Não sabemos, meu Alfa, a

AZIZA:É uma noite escura no deserto de Palmira, na Síria. Estou indo apressada para casa, depois de visitar minha mãe doente. Não quis esperar por meu esposo; queria chegar cedo, então tomei um atalho que me permitiria chegar mais rápido. Eu estava realmente feliz. Apesar de meu casamento ter sido arranjado, meu esposo Farid era um jovem bonito por fora e por dentro. O amor surgiu entre nós desde a primeira noite que passamos juntos. Ele foi muito condescendente comigo, permitindo que eu fizesse coisas que, por nossa cultura, eram vedadas às mulheres, como ir visitar meus pais sozinha, a uma pequena aldeia nos arredores da cidade. Caminhava rapidamente, com as mãos em minha pequena barriga, onde meu adorado filho crescia. De repente, um belo jovem interrompe meu caminho. — Boa noite, bela Aziza —diz ele, e eu estremeço ao ouvir sua voz. Sei quem ele é. É o vampiro Utukku, que tem me perseguido desde que eu era criança. — O que você quer? Estou atrasada —falo tentando desviá-lo.

AZIZA:Minhas mãos tremiam enquanto abraçava meu pequeno Wadd. Alheio ao perigo que se aproximava de nós, ele olhava para todos com inocência. Então, lembrei da luz que a deusa Lua havia colocado em seu ventre, aquela energia quente que me fizera acreditar, mesmo que por alguns momentos, que tudo estava bem. Mas se eu fosse com eles, finalmente meu pequeno estaria a salvo dos vampiros que me perseguiam. A grande matilha La Maat Ra era a mais poderosa de todas. — Sim, meu Alfa —aceitei de imediato—. Mas, posso viver em um lugar próximo, não na matilha? — Por que você quer fazer isso? —perguntou com curiosidade o beta—. Bem, veja —disse timidamente—, vocês são todos lobos. Meu sangue está contaminado com vampiros, sempre me sentirei rejeitada. O Alfa Supremo me olhou fixamente, tentando desentranhar cada parte da minha alma. Seus olhos dourados, brilhantes e afiados, pousaram sobre mim com uma mistura de curiosidade e julgamento imperceptível. — Sua honestidade é admirável, Aziza