A manhã havia começado tranquila. Alessandro acordara revigorado depois da noite especial ao lado de Cristina, tomou seu café com calma e seguiu para o centro de comando. Tudo indicava que seria um dia comum, de reuniões e acompanhamento das equipes em campo. No entanto, a calmaria durou pouco. Pouco antes do meio-dia, o rádio interno disparou com urgência. Um chamado interrompeu qualquer programação da equipe: criminosos fortemente armados haviam invadido o Banco Central. O local estava tomado e dezenas de reféns se encontravam sob ameaça. Alessandro ergueu-se imediatamente da cadeira, a expressão séria tomando conta de seu rosto. — Equipes Alfa e Zeus, mobilização imediata. Temos uma ocorrência crítica — ordenou com voz firme. O clima no centro de comando mudou instantaneamente. Os agentes correram para seus postos, armamento pesado foi preparado e os veículos táticos acionados. Alessandro vestiu o colete à prova de balas, ajustou o coldre e pegou o rádio portátil, lider

No caminho de volta para o centro de comando, a equipe permanecia silenciosa, cada um absorvendo a intensidade do que havia acontecido. Alessandro mantinha os olhos na estrada, mãos firmes no volante, o pensamento dividido entre o trabalho e a sensação de dever cumprido. Ao chegarem, os agentes saíram rapidamente, voltando às suas funções e relatórios, enquanto Alessandro se dirigia à sala de monitoramento. Precisava organizar os dados da operação, rever cada detalhe e preparar os relatórios de ocorrência. O corpo estava exausto, mas a mente ainda ativa, revisando cada movimento, cada decisão tomada. A rotina pesada do comandante nunca parecia descansar, mas naquele momento, no silêncio do centro de comando, ele permitiu-se respirar fundo, satisfeito com a vida que havia salvado e com a precisão de sua equipe. O dia que começara calmo se tornara um dos mais intensos e marcantes de sua carreira, e Alessandro sabia que, apesar do cansaço, a sensação de dever cumprido não tinha preço

Assim que Dante saiu da sala, Alessandro chamou Fabio para conversar em particular. O clima ficou mais sério instantaneamente, e Fabio percebeu que não havia como adiar a conversa. — Comandante… acho melhor eu falar de uma vez — começou Fabio, com a voz firme, mas ainda contida. — Tenho minhas suspeitas sobre Lara. Alessandro arqueou uma sobrancelha, atento, mantendo a postura calma, como sempre. — Continue — disse, a voz baixa, mas autoritária. — Não confio nela — Fabio prosseguiu. — Sinto que ela não é de confiança e que, em algum momento, vai trazer problemas. Eu a vi falando ao telefone, e não era uma conversa comum… ela estava investigando alguém, seguindo informações, tentando descobrir tudo sobre uma pessoa. Alessandro permaneceu em silêncio por alguns segundos, absorvendo cada palavra. Seu olhar se fixou em Fabio, analisando não apenas o que ele dizia, mas também o tom, o gesto, a expressão. Cada detalhe contava. — Entendi — respondeu finalmente. — Obrigado por me infor

Decidi que trabalharia de casa naquele dia. Assim poderia acompanhar Maria e dar suporte a tudo o que ela precisava, além de organizar a casa da melhor forma possível. No entanto, logo percebi que não podia apenas supervisionar: meu quarto e o quarto dos meus pais também precisavam de atenção. Enquanto Maria cuidava da parte de baixo da casa, comecei a manhã arrumando meu quarto. Cada detalhe importava: roupas no lugar certo, livros organizados, papéis e lembranças arrumadas com cuidado. Depois, fui para o quarto dos meus pais, reorganizando e deixando tudo pronto para a chegada deles. O tempo passou rápido, mas, a cada minuto, a saudade de Alessandro apertava mais meu peito. Sentia uma falta tão intensa que chegava a doer. Cada instante que ele não estava por perto me lembrava o quanto os momentos juntos eram preciosos. Enquanto dobrava roupas ou arrumava objetos pessoais, não conseguia deixar de pensar em seu sorriso, na forma como me olhava e no calor do abraço que me dava todas

Quando a tarde passou, Cristina decidiu tomar um banho e se preparar para a chegada de Alessandro. Sentia uma mistura de ansiedade e alegria, imaginando o momento em que finalmente poderia vê-lo depois de dias tão corridos. Escolheu uma calça de pano leve e uma blusa de alcinha, algo confortável, mas que ainda mostrasse seu charme natural. Finalizou com um perfume suave, sentindo-se pronta para recebê-lo.Ela estava sentada na sala, olhando distraidamente para a janela, tentando acalmar o coração acelerado. Cada minuto parecia interminável, mas ela sabia que, quando Alessandro chegasse, todo aquele tempo de espera valeria a pena.Era por volta das 20:00 quando o som do portão eletrificado indicou que alguém chegava. Cristina se levantou rapidamente, seu coração batendo mais forte. Alessandro entrou carregando sua mochila, demonstrando o cansaço do dia, mas ao mesmo tempo aquele brilho no olhar que sempre a deixava encantada.— Olá… — disse ele, a voz firme, mas carregada de ternura.C