Depois da ligação com Alessandro, tudo parecia mais leve. Cristina sentia um calor no peito a cada mensagem que recebia dele. Não eram longas, nem sempre elaboradas, mas eram o suficiente para encher seus dias de felicidade. Um “bom dia, Cris” já mudava completamente o humor dela. Um “se cuida” fazia com que se sentisse protegida mesmo à distância. Os dias, no entanto, arrastavam-se devagar. Cada hora longe dele parecia maior do que era. Cristina tentava manter o foco no trabalho, nos amigos, mas no fundo esperava pelo momento em que o veria de novo. Quando o sábado amanheceu ensolarado, ela se levantou com mais disposição. Mariana apareceu com aquele sorriso de quem já tinha tudo planejado: — Cris, nada de ficar em casa hoje. Vamos para a praia. A gente precisa de descanso, sol, água salgada… e você precisa desligar essa cabeça um pouco. Cristina riu, concordando. — Tem razão, Mari. Vai ser bom. Prepararam uma bolsa com toalhas, protetor, óculos de sol e garrafinhas de água. C

O barulho dos motores ecoava sobre as ondas. O jet ski de Alessandro cortava a superfície com firmeza, Thiago sentado logo atrás, rindo da ousadia da cena. À frente, Cristina e Mariana dividiam um só jet ski, os cabelos molhados dançando no vento, as gargalhadas misturadas ao som do mar. Cristina diminuiu a velocidade e parou, surpresa, tentando entender se seus olhos realmente viam o que viam. Alessandro e Thiago se aproximavam cada vez mais, descrevendo círculos ao redor delas, levantando spray de água como se fosse um jogo. O olhar de Alessandro a encontrou de imediato, intenso, arrebatador, como se o mundo inteiro tivesse desaparecido. Thiago, por sua vez, não perdeu a chance de provocar. Com aquele sorriso malicioso, gritou por cima do barulho do motor: — Ora, ora… olha só quem está fugindo de nós! Cristina riu, ainda incrédula, e respondeu de volta: — Fugindo? Eu parei justamente pra ver se não era alucinação! Alessandro estacionou o jet ski ao lado do dela, tão próximo qu

momento em que Alessandro me encostou contra a parede da sala, senti que nada poderia me deter. Seus beijos eram famintos, carregados de desejo, e cada vez que sua boca encontrava a minha, meu corpo se rendia mais ao dele. Quando me ergueu nos braços e minhas pernas se entrelaçaram em sua cintura, percebi que já não havia volta: eu estava entregue. Ele me conduziu ao quarto, e quando me deitou na cama macia, o mundo inteiro se apagou. Só existia nós dois. Eu arfava, tentando recuperar o fôlego, enquanto meus olhos percorriam o corpo dele. Alessandro já estava sem camisa, apenas de sunga por baixo da bermuda leve. A musculatura bem definida brilhava sob a luz suave do quarto, deixando-me hipnotizada. O contraste de sua pele bronzeada com o tecido claro da bermuda só aumentava o meu desejo. Eu estava deitada com o biquíni branco cavado que realçava minhas curvas, sabia exatamente o efeito que causava nele. Nosso olhos se encontraram, e foi impossível disfarçar o brilho carregado d

O sol já estava alto quando o grupo deixou a casa de praia. No estacionamento, a despedida foi calorosa. Thiago e Mariana trocaram olhares cúmplices e um abraço apertado, com a promessa de se verem em breve. Alessandro apenas sorriu de canto, percebendo que algo diferente começava a nascer entre eles.No carro, Cristina e Alessandro seguiram em silêncio confortável, com o vento entrando pela janela e a lembrança da noite anterior ainda pulsando em cada olhar trocado. Quando chegaram à casa dela, Alessandro fez questão de ajudar a levar as malas até a sala. Cristina largou tudo no sofá e foi direto à cozinha, pegando um copo d’água.O silêncio no ambiente chamou a atenção dele. Acostumado à presença viva da família dela, Alessandro franziu o cenho.— Estranho… está muito quieto. Onde estão seus pais? — perguntou, apoiando-se no batente da porta, observando-a.Cristina engoliu a água devagar, sentindo o coração acelerar por não ter mencionado antes. Virou-se para ele com um sorrisinho s

Ele me soltou devagar, mas ainda com aquele olhar cheio de desejo. Sentamos à mesa, e entre goles de café e pequenas mordidas no pão quentinho, a conversa fluiu com naturalidade. Falávamos sobre o dia que cada um teria pela frente, e mesmo sabendo que seria corrido e exaustivo para os dois, estávamos completamente distraídos um no outro. Era como se o mundo tivesse parado só para que pudéssemos aproveitar aqueles minutos juntos. Eu observava cada detalhe dele: o jeito que levava a xícara aos lábios, o brilho intenso dos olhos quando me encarava, até mesmo a forma como sorria, como se estivesse guardando um segredo. Percebi que Alessandro estava diferente naquela manhã. Mais intenso. Mais presente. E quando largou o celular de vez e segurou minha mão sobre a mesa, entendi que havia algo a mais por trás daquele silêncio pensativo. — Cristina... — ele começou, a voz firme, mas com uma doçura que me desarmava. — Eu sei que hoje será um dia cheio para nós dois, mas queria te pedir