VivianChegou à mansão já passava das nove. Digitou a senha e entrou sem hesitar. O barulho vindo da cozinha a guiou até lá.Eduardo, de costas para ela, diante do micro-ondas aberto, bufando como se travasse uma batalha perdida contra o aparelho. Na bancada, uma tigela deformada, a comida ressecada e o cheiro de plástico queimado impregnando o ar. Foi esse caos que Vivian notou primeiro. Mas, quando ele se virou, o ar pareceu sumir de seus pulmões.Os cabelos ainda pingavam pequenas gotas que escorriam pelo pescoço e deslizavam pelo peito largo. A toalha enrolada de forma descuidada na cintura deixava à mostra o abdômen definido, músculos rígidos, pele úmida refletindo a luz suave do ambiente. O contraste entre a bagunça e a perfeição quase arrogante do corpo dele a desarmou por um instante.Vivian odiava aquilo - odiava a facilidade com que o corpo dela reagia. O coração acelerou, a boca secou. Por um segundo, quase esqueceu o motivo de estar ali.Eduardo notou seu olhar preso e so
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