Os pais de Camila se entreolharam, o silêncio pesando mais do que qualquer palavra dita. Finalmente, Johon respirou fundo, tentando soar firme: — Camila, escuta… nós vamos conversar sobre tudo isso. Você terá suas respostas, mas não agora. Depois do seu aniversário de dezoito anos, no próximo final de semana… nós falaremos sobre Chakay e sobre tudo o que você precisa saber.A mãe assentiu, tocando a mão da filha com ternura, embora a angústia nos olhos a traísse. — Confie em nós, meu amor. Até lá… tente descansar.Camila, ainda trêmula, subiu as escadas para o quarto. A noite parecia interminável. Deitou-se, mas o sono não vinha. A cada vez que fechava os olhos, via novamente a besta-fera no beco: os olhos púrpuro flamejantes, o sangue escorrendo das presas, o ódio estampado em cada gesto. Mas, junto a essa lembrança apavorante, vinha algo ainda mais perturbador.O cheiro. Forte. Persistente.limão, erva-doce e mel. Camila apertou os olhos, levando a mão ao peito.O que era aquil
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