Algumas horas depois, Henry foi até a biblioteca da casa de Liam, após conversar com Alice. A voz de Henry estava firme, mas cansada. — Senhor Hawksmoor... concluí a investigação. A menina Alice não era responsável. Foi manipulada. — Manipulada? Por quem? — Pela governanta, senhor. Sra. Dalloway. Ela explorou a necessidade da garota. Sabia que Alice mandava dinheiro para a família e usou isso para comprar seu silêncio e fazer as entregas. — ...Entendo. E em nome de quem? — De Rebeca, senhor. — Rebeca. Essa mulher... — Sim, senhor. Descobri registros de transferência em nome de uma empresa intermediária. Dalloway foi contratada meses antes de assumir o cargo na mansão. Tudo leva a Rebeca como financiadora. Liam suspirou, o som abafado ecoando na linha. Sua voz vem mais baixa, mas cortante. — Rebeca nunca soube perder. — Sim, senhor. E usou a Sra. Dalloway para alcançar a senhora. A governanta confessou que recebia instruções codificadas disfarçado de rotina doméstica.

Em Porto Cristal, dias se passaram lentamente. Eleanor encarava o reflexo no espelho antigo do quarto, o mesmo em que havia se arrumado no dia do casamento com Arthur. Agora, sua imagem parecia de outra mulher, estava abatida, traída e enjaulada. Não pode sair do quarto um minuto sequer. O vento lá fora balançava as cortinas pesadas, e o som distante de risadas no andar de baixo atravessava as paredes. Vanessa assumiu a gestão da casa. Ela respirou fundo, tentando conter o tremor nas mãos. Campo? Arthur falava da propriedade afastada da família, um lugar isolado, quase esquecido. Mandá-la para lá era o mesmo que bani-la. Não voltaria nem morta. Não era mulher de aceitar o exílio duas vezes. Foi até a penteadeira e, com um movimento rápido, removeu a gaveta inferior. Por baixo do fundo falso, encontrou uma pequena chave de ferro, o segredo que mantinha desde antes do casamento. A chave de um cofre. Girou o quadro da família, revelando o cofre embutido na parede. A chave girou f

Liam surgiu atrás dela, segurava uma taça de suco de laranja natural e na outra mais, um objeto pequeno e reluzente. — Você está feliz? — ele disse, entregando-lhe o suco com um sorriso luminoso. Olívia sorriu. — A arte sempre ajuda. Ele colocou o aparelho ao lado da paleta dela. — Isso também deve ajudar. É um celular novo. Um modelo seguro, criptografado. Olívia franziu a testa. — Para quê? — Para um novo começo. O antigo estava comprometido. Agora não vai mais receber mensagens... desagradáveis. É um número que ninguém além de mim e Henry conhece. Ele pousou a mão em sua nuca depositando carícias leves, mas que arrepiaram a pele de Olívia. — Você deve dar este número apenas para pessoas importantes. Para aquelas pessoas que você quer manter por perto. Preciso voltar ao trabalho, me chame se precisar. Liam se afastou, voltando para dentro. Olívia pensou por um momento. Na sua vida, o número de pessoas realmente importantes era pequeno. Mas aos poucos ela v

Liam a tomou em seus braços, o calor os envolvendo completamente, ele a deitou em uma das espreguiçadeiras grande o suficiente para os dois. Ele a pressionou contra o tecido, a textura fria era um contraste gritante com o calor que irradiava dele. O modo como ele a tocava estimulava cada sentido dela. - Nós... estamos no deque... As mãos de Liam deslizaram de sua cintura para as costas, pressionando-a firmemente. Em seguida, ele subiu para a nuca, seus dedos se entrelaçando em seu cabelo escuro e solto, mantendo a boca dela cativa da sua. A suavidade da camisa de linho dele contra a pele exposta de seus braços era uma tortura prazerosa. - Esqueça.... - Mas... Liam não podemos... O sabor nos lábios de Olívia se misturavam com o sabor forte e inebriante dele. O beijo era faminto, uma promessa violenta de tudo o que estava por vir. Ele não conseguia mais se conter, sempre sentia desejo por suas amantes, no início depois era monótono. Mas Olívia era diferente. O modo como ela te