A manhã havia passado rapidamente sobre Porto Cristal, a mansão dos Hawksmoor estava envolta em uma luz ensolarada e elegante da tarde. Eleanor, impecavelmente vestida, com joias que cintilavam, estava pronta para sair. Seu encontro era discreto, mas importante. Ao descer a grande escadaria, notou que o sedã preto da família estava estacionado diretamente na porta, algo incomum. Ignorando a estranheza, Acenou com a cabeça para o motorista, que abriu a porta para ela. Deslizou para o assento, esperando o silêncio. Mas, em vez disso, um olhar pesado e frio a saudou. Eleanor levou um sobressalto. Dentro do carro, esperando por ela, estavam Liam e Henry. -O que... Liam estava sentado no assento, a silhueta escura. Henry, no banco ao lado do motorista, a aura de vigilância. - Liam! Que... surpresa, forçou uma risada, a voz mais alta e aguda do que o normal. Ajeitou o xale, tentando disfarçar o nervosismo. - O que estão fazendo aqui? Você me assustou. Não está ocupado com

O sol da manhã, mal conseguia penetrar as janelas amplas do restaurante escolhido pelo sr. Irving. Ele sentou-se à mesa do espaço reservado dos olhos curiosos para uma conversa íntima, com as mãos cruzadas sobre um dossiê fino. Este era o resumo legal da herança da falecida vovó Claire Estava ansioso pela chegada de seu genro, Liam Hawksmoor. Apesar da sua fachada aristocrática e fria, estava construindo um jogo delicado. Ele precisava de Liam, e de todo o seu vasto capital e influência, para a sua próxima jogada empresarial. O metre anunciou a chegada de Liam. Edward levantou-se, oferecendo um aperto de mão respeitoso. Liam,acompanhado de Henry sentou-se na cadeira à frente da mesa. — Liam. Obrigado por vir. Espero que o trânsito não tenha sido muito incômodo — disse Edward, a voz formal. — Sem problema, Edward — respondeu Liam, a sua voz calma e direta, sem rodeios. Edward fez um gesto em direção ao dossiê com a ponta dos dedos, mantendo um ar de consideração séria. — B

Olívia estava sentada em um banco de ferro forjado. Ela estava vestida com um suéter folgado, o olhar perdido no horizonte. Seus ombros estavam ligeiramente curvados, e ela parecia infinitamente menor e mais frágil do que Liam jamais esperou ver. Introspectiva, ela nem sequer notava a beleza vibrante das flores ao seu redor. Ela ama flores. Nos últimos dias ela vinha ao Jardim e passava horas ali sem se mover. Liam a observava de longe, parado na porta de vidro da sala de estar. Ela fazia isso desde que ele lhe contou tudo que descobriu. Uma verdade pesada demais para o coração de Olívia, ela parou de falar, de desenhar, de reagir. Ele disse a todos para respeitarem o silêncio dela. - Alô Amélia?... sim... já está feito... certo, obrigado! E... agradeça ao pintor também! Liam sabia que a dor de Olívia era profunda, as últimas revelações foram pesadas, não seria resolvida com palavras ou estratégias de negócios. Ele moveria o mundo se fosse necessário, tudo por ela. Henry, que

A luz dos lustres de cristal banhava o salão de festas, transformando o local em um sonho em tons de marfim e ouro. Rita Hayes estava radiante em seu vestido de noiva, um mar de seda branca. Ela sorria e recebia os cumprimentos, a nova Sra. Irving, casada com o promissor Edward Irving. Tudo era perfeito, organizado e previsível. Então, ele entrou. Em meio à multidão, o mundo de Rita parou. Ele era Julian Irving, o irmão mais velho de seu marido e herdeiro mais velho de uma das famílias influentes de Porto Cristal. Ele era mais alto que Edward, com ombros largos e uma presença imponente que silenciava a sala. Os olhos dele eram de um cinza penetrante, e o ar que o envolvia era de poder contido. Foi amor à primeira vista, um golpe irresistível de destino. Julian tinha uma esposa ao seu lado, uma mulher elegante e loira que sorria gentilmente. Rita não se importou. O sentimento era tão avassalador, tão fora do seu controle, que toda a sua vida planejada com Edward pareceu, de repente

A influência de Julian entrou em ação. Ele preparou a maternidade, garantindo que o hospital e o corpo médico estivessem sob seu controle e discrição. - Quando o momento chegou, você estava viajando, entrei em trabalho de parto, fui levada para a maternidade que Julian havia arranjado. Poucas horas depois, Laura nunca soube, ela tomou medicamentos para acelerar o parto e garantir que déssemos à luz ao mesmo tempo. Edward não podia acreditar, sua cunhada morreu sem imaginar o tipo de esquema de que foi vítima, sua vida não significou nada até o fim. - Então... sob a coordenação de Julian, eles trocaram as meninas. A filha saudável de Laura, foi colocada nos braços de Rita. A filha de Rita, com o risco cardíaco, foi entregue a Laura. Depois, Julian garantiu o melhor tratamento e minha Rebeca cresceu sem... sem nenhuma sequela. Para Rita tudo o que importava era a vida da filha, mesmo significando viver longe. Julian garantiu uma vida abastada para a menina, Laura, sem saber de