Mas, diferentemente de sua habitual postura fria e elegante, Guilherme naquele dia parecia ter perdido completamente a razão, ele chegou a sair no soco com os seguranças. Sozinho, ele derrubou vários de uma vez, avançando em passos largos até mim. — Clarinha, vem comigo! — Ele estendeu a mão com desespero.Coloquei rapidamente a aliança no meu dedo anelar. — Eu já me casei, Guilherme. Será que você pode parar de me perseguir? — Respondi com firmeza.O rosto dele se desfez em desespero.— Eu sei que errei, sei que tudo foi culpa minha! Admito todos os meus erros, mas, por favor, me dá uma chance? Eu imploro... — Ele continuou. — Se você quiser bolo, eu compro para você todos os dias! Eu sei que, já há muito tempo, você sonhava em ver a aurora boreal. Eu vou com você, está bem? Você só precisa vir comigo, Clarinha. Se você vier comigo, eu aceito qualquer condição. Você é a minha esposa! Sempre foi!Apesar do tom humilde, quase suplicante, as palavras dele não me causaram a menor emoção
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