A madrugada caiu silenciosa sobre Paris. O relógio já passava das três da manhã, mas Sophie continuava em uma luta silenciosa contra o sono. Quando, enfim, seus olhos se fecharam, o descanso não veio em forma de paz — veio em forma de pesadelo.No sonho, Leonardo estava ali, em seu apartamento, quebrando tudo, a segurando com brutalidade, gritando palavras que ainda ecoavam dentro dela como feridas abertas. Sophie tentava gritar, mas sua voz não saía. Ele a chamava de “vadia”, de “sua”, como se o inferno tivesse voltado para buscá-la.— Você nunca vai escapar de mim, docinho… — a voz grave ressoava como um trovão.Sophie acordou sobressaltada, o corpo suado, o coração batendo tão forte que parecia que ia explodir. Um soluço escapou de seus lábios, e ela levou as mãos ao rosto, tentando abafar o choro para não incomodar Matteo.Mas não adiantou. Do outro quarto, Matteo já tinha ouvido. Ele não dormia profundamente, não quando sabia que ela estava tão frágil. Em segundos, ele entrou no
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