No quarto, fechei a porta e me joguei na cama, escondendo o rosto no travesseiro. Preciso lembrar a mim mesma, isso é uma consequência de cansaço! Mas, por mais que eu repetisse, a sensação do braço dele ao meu redor ainda insistia em me perseguir. Como isso é chato! Não demorou muito para a porta ser aberta com um giro firme da maçaneta. Não adiantava trancá-la afinal, era ele quem mandava ali. Enzo entrou, fechando a porta atrás de si. Estava tenso, o maxilar travado, como se precisasse esclarecer de uma vez o que tinha acontecido. _Christine, sobre hoje de manhã… não quero que você pense que aquilo foi… -ele hesitou, com os olhos desviando para o chão, talvez buscando as palavras. _Que significou algo além do que foi. Eu cruzei os braços e soltei um riso baixo, sarcástico. Ainda bem que ele pensa assim, estou até aliviada! _Pode respirar, Enzo. Eu não sou nenhuma adolescente impressionável. Sei muito bem que foi só cansaço… uma cama nada grande demais… e pronto

Eu sorria apenas E respondia com calma, como quem sabe que o veneno do outro é combustível para o seu próprio deterioro . Enzo… ah, Enzo. O mais distante de todos. Cumpria seu papel quando necessário, mãos dadas em público, uma fala ensaiada nos jantares, mas no fundo me tratava como uma colega de contrato. E eu não me importava, porque meio milhão falava mais alto que qualquer orgulho ferido. Até que um dia, Artur decidiu que o jogo precisava de um empurrão. Numa noite aparentemente comum, pediu que todos se reunissem no salão principal. Enzo estranhou, cruzou os braços com a impaciência de quem já pressentia armadilhas. Coloquei um vestido leve, casual, mas com um toque elegante, e desci as escadas como se fosse dona do espaço. Meus saltos batiam no mármore a cada passo e eu me lembrava apenas da minha existência como da existência o meio milhão. Quando cheguei à sala, todos estavam reunidos. Senhor Artur ergueu os olhos primeiro e abriu um sorriso satisfei

Não houve negociação de cobertores e nem palavras só a respiração dele pesada até que cessou, indicando que tinha adormecido. Virei para a parede, tentando me convencer de que o incômodo era apenas cansaço. Quando finalmente peguei no sono, e despertei horas depois com o outro lado da cama estava vazio. _Enzo? -chamei, erguendo a cabeça, mas nenhuma resposta. Levantei, com os pés descalços no chão frio, e decidi descer. Talvez ele estivesse na cozinha, talvez precisasse de ar, então sai, mas não. Quem encontrei no hall da mansão foi o pai dele, já com cheiro forte de álcool e olhar pesado sobre mim. _Não consegue dormir, boneca? -disse, aproximando-se mais do que deveria._ com licença… Dei um passo atrás, mas ele segurou meu braço. O toque dele era repulsivo e invasivo. _Solta! -tentei firme, mas a voz tremeu. Ele sorriu torto. _Tão bonita… é desperdício ser do meu filho. Meu estômago revirou. O que ele está dizendo? Ele quer a mulher do filho para ele por

Meu coração quase saltou pela boca e senhor Artur sorriu satisfeito, como se tivesse esperado ouvir aquilo a vida inteira. Sandra, por outro lado, recuou como se tivesse levado um tapa, acho que ela não superou Enzinho não… Pois Seus olhos ardiam de fúria e, incapazes de aceitar a cena diante dela. E eu estava paralisada, presa entre a força dele e os olhares da sala. Minha voz falhou, mas o corpo reagiu, tensionando-se no abraço e tentando afastar Enzo de mim, mas ele só me apertava mais, o que a bebedeira não faz? Enzo apenas me envolveu mais, como se quisesse cravar o momento diante de todos. _Está decidido, vô! -disse, encarando Artur._Se é o que o senhor quer… eu vou lhe dar um bisneto.Eu fiquei boquiaberta e quase o esbofeteei, mas senhor Artur aplaudiu, enquanto Sandra virou o rosto, engolindo acho que orgulho. Estava perdida entre choque e raiva, só conseguia sentir o peso do braço dele me prendendo, enquanto entendia que esse jogo acabava de mudar de patamar

Assenti e decidi abrir sua camisaCom isso, ele deixou que eu abrisse a torneira, mas no lugar de cooperar e ficar parado, me puxa para perto de seu corpo e deslizou a mão até minha cintura, me segurando firme. _Você acha mesmo que pode encostar em mim assim, e eu ficar quieto? murmurou, roçando os lábios no meu pescoço.Senti um arrepio estranho e virei os rosto, estava com vontade de bater nele, véi…Mas também queria sentir um pouquinho daquele arrepio de novo _Enzo, você está bêbado, se controlar é o luxo que deve ter!- tentei afastá-lo, mas ele riu baixo, rouco. _Bêbado, sim… mas não cego, Você é gostosa! Não vi nem de onde saiu a força e me afastei saindo do box. Vai que ele me pega … Ele é homem e eu uma mulher, pequena, bem pequena. _ Quero comer você!- gritou e Sua voz soava la do box, me deixando constrangida. _ Ele está tão indecente!- Sorri e me olhei no espelho, imaginando em como eu conseguiria contar tudo isso para ele amanhã. Mas de repente enquanto eu