O carro freou bruscamente e um cheiro forte de folhas frescas e terra molhada me atingiu, mas eu ainda não conseguia associar o cheiro à nossa localização.—Onde estamos? Por que estão fazendo isso? – Perguntei tendo uma sacola colocada na minha cabeça, antes de ser puxada para fora com brutalidade.—Você não deveria ter mexido com quem contratou nossos serviços. A ordem é dar um fim na sua vida. – Disse o Homem.—Eu não acho que ela tenha feito algo de errado. Te certeza de que pegamos a vadi* certa? – Perguntou o outro.—Cala a boca. A ordem foi direta: “Peguem a amante de David e dê um fim nela”.—Amante do David? – Perguntei sendo puxada com eles. —Eu não sou amante de ninguém.—Alguém te deu permissão para falar? – Perguntou um deles. —Ande, levem-na para o cativeiro.—Me soltem! – Gritei tentando resistir, mas eles eram muito mais fortes do que eu, e estavam em três. – Pelo menos até onde eu tinha visto, antes de tamparem meu rosto.Forcei o meu pé no chão, tentando impedir que

David Miller –Chegamos a uma entrada disfarçada em uma mata e antes que o GPS perdesse o sinal, liguei para Félix que estava vindo com reforços.—Félix, chegamos na entrada do bosque.—Senhor Miller, estamos a poucos metros. A ambulância está vindo até nós de helicóptero. – Disse ele, me deixando mais sossegado.—Ótimo. Vamos entrar. – Falei desligando a ligação.—Tem certeza de que é mesmo aqui? – Perguntou Thomas, olhando em volta.—Sim. Seja o que for, não vou deixar ninguém escapar dali. – Falei entrando com o carro.Paramos perto de um lago, onde havia uma ponte apodrecida que dava acesso a um chalé abandonado.Peguei a arma a apontando para frente, andando em passos contados até entrar no lugar e advinha?Já havia sido abandonado.A porta de madeira rangeu ao ser arrombada. E o cheiro que escapou dali quase me fez recuar, mas não havia tempo para isso.Sangue, carne podre e algo ainda pior.— Estamos aqui, senhor Miller! – Disse dois seguranças me alcançando.—Vamos!Entrei pri

Quando ele disse aquelas palavras, algo em mim pareceu mudar.Eu não sei explicar ao certo o que eu estava sentindo. Felicidade por alguém estar me vendo como mulher? Medo de me apaixonar e passar novamente pelo que passei e ter que me reestruturar mentalmente?E Charlie?O meu medo é de ela se apegar a ele e depois o ver partir também.Soltei um suspiro e o olhei nos olhos, levando a mão até o rosto dele para o acariciar.—David, você é um homem incrível...- Ele me interrompeu, segurando a minha mão.—O que foi? Está procurando um jeito elegante de me dar um fora? – Perguntou ele, com um sorriso carregado de humor.—Eu não quero te dar um fora. Não estou te rejeitando, mas também, não posso te aceitar. – Tentei ser sincera, o vendo sorrir menos.—Eu conheço a sua situação, Ellie. – Disse ele com um timbre de voz mais brando. —Eu estou disposto a lutar por isso.—David...—Faz assim. Eu vou lá avisar o médico que você acordou e você fica aqui pensando sobre me deixar ficar ao seu lado

Sorri de leve me afastando para o olhar e desci do carro, entrando no prédio.Assim que cheguei no apartamento, vi dois homens de preto parado ao lado da porta.Eles me olharam e me cumprimentaram com um balanço de cabeça.—Senhorita Carter! – Disseram em uníssono.—Olá! – Falei tocando a maçaneta, intercalando meu olhar entre os dois. —Com licença.Assim que passei pela porta, Rose me olhou e veio até mim com um semblante de surpresa.—Ellie, minha nossa, como você está? – Perguntou ela me apalpando por inteira.Ela nem deu tempo para que eu respondesse e já começou com os questionamentos.—Eles tocaram em você? Fizeram alguma coisa? Te bateram? – Ela perguntou, se afastando para me olhar e então, vincou as sobrancelhas. —Por que você está sorrindo?Desfiz o sorriso e a encarei séria.—Eu? Sorrindo? – Perguntei terminando de entrar no apartamento, indo até a cozinha para me servir com um copo de água.—Sim. E também está com as bochechas vermelhas. Está com febre? – Quando Rose pergu

Aquilo foi... atrevidamente gostoso.Antes que eu pudesse responder, David me puxou pela cintura com um movimento firme e me prendeu contra o corpo dele.O roupão macio roçou na minha pele através da minha saia, e eu ofeguei quando senti o calor dele colado em mim.Minhas mãos se apoiaram em seu peito molhado, e em seguida os dedos dele deslizaram pela minha cintura, descendo devagar até se encaixarem na curva dos meus quadris.— Você me deixa louco, Ellie... —Ele sussurrou com um timbre rouco, roçando os lábios no canto da minha boca antes de tomar meus lábios com vontade.O beijo foi quente, molhado, avassalador.A língua dele invadiu a minha boca sem pedir permissão, exigindo, dominando, arrancando de mim um gemido que não consegui conter.Os dedos dele se enroscaram nos meus cabelos, puxando de leve, fazendo meu corpo se arquear contra o dele.Senti minhas pernas fraquejarem, mas ele me segurou firme, se encaixando entre elas.Suas mãos deslizaram até meu rosto, acariciando de um