Hanna— Eu não gostei!— Sabia que quando um humano bebe, seu sangue fica mais saboroso? — Virou-se para me encarar. — É tão saboroso que fica difícil parar. — Eu não irei mais beber perto de você, pode ter a certeza — afirmei veementemente.— Acho bom, serva. Eu posso não resistir e morder seu pescoço. — O sorriso provocativo foi visível antes que ele se virasse e continuasse o trajeto. Respirei fundo e acompanhei, ele estava apressado e eu desnorteada. Eu não devia ter bebido. Mas o que eu ia fazer? Não podia negar os caprichos da rainha.E agora eu estava com calor, se pudesse mergulhar naquela água novamente… Isso tudo foi tão… Toquei no canto dos meus lábios.Não, não! Isso não foi nada. Apenas foi ele abusando do poder que tem.Mas se ele me beijasse… Certo, eu fiquei bêbada depois de alguns cálices de vinho, era a única explicação para esses meus pensamentos estúpidos e perigosos.Bem… não podia negar que não pensei em certas coisas em outros momentos, mas isso era algo que

OryanO galope já seguia devagar dentro da floresta, o sol alto não nos permitiria continuar. Além disso, os humanos já estavam bastante cansados e com fome. Hanna dormia. Ela disse que não iria cair, no entanto, a segurei assim que percebi seu corpo amolecer. Felizmente, aconteceu quando estávamos indo devagar Eu a ajeitei na minha frente para que pudesse segurá-la. Ela conseguiu se manter acordada durante a noite, mas seu cansaço apareceu a ponto de quase cair do cavalo. Eu a forcei mais que seu limite, pois ela trabalhou durante o dia no campo e passou a noite acordada, era mais que um ser humano conseguia suportar. No entanto, Hanna tinha vigor e energia maior que os demais.Ainda me questionava sobre a razão de tê-la trazido, mas não iria ficar tranquilo em deixá-la. Hanna ainda é uma humana frágil, sempre será uma presa fácil. Eu devia tê-la deixado com Astrid, aqui fora era perigoso demais para ela.Admito que essa preocupação era incomum, mas desde o dia que ela foi atacada

HannaAntes do pôr do sol, partimos. Novamente, Oryan deixou sua capa comigo e agradeci silenciosamente. Era realmente frio à noite.Depois do constrangimento, evitei encará-lo, permaneci perto do grupo de humanos e assim como eles, dormi o restante do tempo disponível. Era uma viagem perigosa, nossos descansos seriam breves e poderíamos ser atacados a qualquer momento. Não havia apenas feras perigosas, mas também outros vampiros. Oryan demonstrava segurança em seu plano, eu não fazia ideia e admitia minha curiosidade, mas provavelmente, se perguntasse, ele não me responderia. Não que isso me impedisse, é claro.Acontece que não tivemos oportunidades.Durante o caminho, o cavalo corria demais, principalmente em campos abertos, não se equiparava à velocidade dos vampiros, os cavalos eram menos velozes, mas era surpreendente. Além disso, não era possível conversar enquanto estávamos na corrida. Só não era entediante, pois eu não me esquecia do perigo da noite.De repente o cavalo red

Hanna— Alguma coisa tocou nas minhas pernas! Não conhecia aquele lugar, fora dos domínios do reino podia ter qualquer coisa. Era perigoso.— Eu disse para não ir para o fundo.— Eu sei, mas não parecia ter nada ali.Oryan apoiou minhas costas com uma mão e andou para fora da água.— Já pode me soltar — disse ele e então, fui voltando à realidade.Eu estava agarrada, com as pernas e os braços. Não bastasse isso, nossas partes íntimas estavam se tocando, pior, eu o sentia… Larguei seu corpo com mais pressa do que quando o agarrei, mas me desequilibrei e pisei de mal jeito. Oryan rapidamente me segurou, mas a dor veio forte.— Deveria ter mais cuidado, serva.— A culpa foi sua — retruquei, mas não contive o gemido. — Droga, acho que machuquei o pé — Deixe-me ver. — Oryan abaixou, seu toque me fez recuar, mas ele segurou meu pé com firmeza. — Não foi sério, menos mal. Alguns dias e deve melhorar.— Tem certeza que não quebrou? Está doendo muito. — Franzi o cenho, apesar de não parecer

HannaNão demorou para que uma pequena fogueira fosse acesa, logo depois, dois dos vampiros trouxeram pequenos animais. Era de se esperar em uma região como aquela, mas seria suficiente. O sangue colhido foi dividido entre eles, mas Oryan não bebeu, ele apenas se sentou um pouco distante e permaneceu observando. Será que não está com fome?Dizem que os vampiros puros não precisam de tanto, mas ele sempre tinha um humano na sua cama. Bem, mas talvez não fosse para se alimentar. Era ingenuidade achar que apenas era necessidade.Suspirei, não queria me preocupar, mas senti que deveria fazer meu trabalho e procurar saber se estava bem. Detestava esse sentimento, pois ele me consumia até eu resolver. Manquei até chegar a ele e no meio do caminho me arrependi, ele não valia tanto esforço, entretanto, continuei.— Não vai se alimentar? — perguntei quando sentei ao meu lado.— Não é necessário.— Não tem medo de morrer de fome? Não que eu me importe, é claro, mas se morrer aqui, vai ser dif