Acordei com o som suave de pássaros lá fora, um contraste cruel com o turbilhão dentro de mim. A casa estava em silêncio, mas meu corpo ainda ardia com as lembranças da noite passada. Tentei levantar, mas uma dor sutil entre as pernas me fez fechar os olhos, relutando em aceitar o que havia acontecido. Eu tinha cedido novamente a Leonardo. E, pior, por alguns instantes, achei que era Henry.Levantei e fui até o espelho. Olhei minha própria imagem com desprezo. O que eu estava fazendo com a minha vida? Meu coração queria Henry, cada batida sussurrava o nome dele, mas meu corpo, bêbado e vulnerável, tinha caído na armadilha de Leonardo mais uma vez.Desci as escadas devagar, como se o piso fosse ceder a cada passo. Na sala, encontrei Leonardo tomando café e lendo o jornal, como se fosse um dia comum. Ele levantou os olhos e sorriu, aquele sorriso de quem acha que venceu uma guerra.— Bom dia, meu amor — disse, com voz doce. — Dormiu bem?A bile subiu à minha garganta. Tentei manter a ca
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