“Nathan Prescott” O quarto de Ann fica esquecido assim que fecho a porta do meu. Minhas mãos já estão no zíper do vestido azul antes mesmo de chegarmos à cama. — A reunião começa em uma hora — ela murmura contra meus lábios, quando a pressiono contra a parede. — Então vou ter que aprender a ser rápido — respondo, deslizando o vestido pelos ombros dela. Suas mãos vão para os botões da minha camisa, abrindo-os com tanta pressa quanto eu. Quando a peça cai no chão, pego-a no colo e a levo até a cama. A deito sobre a cama, perdendo alguns segundos apenas para admirar seu corpo nu, cabelos espalhados pela cama e o rosto corado de desejo. Vou até minha mala rapidamente, pego a camisinha e volto para a cama enquanto deslizo o preservativo no meu pau. Por mais que eu queira aproveitar cada segundo, não há tempo para preliminares demoradas. Termino de tirar a calça, me deito sobre ela e me posiciono entre suas pernas. Mas mal tenho tempo de ouvir seu primeiro gemido quando meu celular

Robert sorri como se nada tivesse acontecido. Como se não tivesse simplesmente evaporado no último mês.Como pode ser tão cínico?Minhas pernas finalmente respondem, mas mal dou um passo para trás e ele já se levanta rapidamente, vindo na minha direção.— Ann — diz, com aquele sorriso que um dia achei charmoso. — Que coincidência incrível.— Robert — respondo, fria. — O que você está fazendo aqui?— Estou a… negócios — fala vagamente. — E você? Fiquei surpreso quando soube do seu novo emprego. Considerando… bem, tudo o que aconteceu.— Depois do que você fez, você quer dizer? Sim, graças a Deus, consegui outro emprego.— Pois é, um novo emprego — responde, em tom nada satisfeito. — Nathan Prescott… você subiu rápido. Trabalhando para um dos CEOs mais…— Afinal, o que você quer? — corto, seca. — Ou decidiu falar comigo só para falar sobre meu trabalho?Robert arqueia as sobrancelhas, claramente surpreso pelo meu tom. Ele nunca esperaria isso de mim.— Bonequinha — começa, usando o apel

Fico em silêncio por alguns segundos, com o coração batendo descontroladamente.Como responder a isso quando eu mesma não sei a diferença?— Não sei — admito, finalmente. — Talvez as duas coisas sejam a mesma coisa.Nathan solta meu queixo, recuando como se tivesse tomado um tapa. Sua expressão muda imediatamente, a máscara fria voltando ao lugar.— Entendi — ele diz, assentindo. — Você não vê diferença.— Nathan, como eu deveria ver tudo isso? — rebato, frustrada. — Você sempre deixa claro que isso é um acordo, que me comprou. Como posso separar você do contrato se faz questão de me lembrar disso o tempo todo?Nathan fica em silêncio, a mandíbula tensionada.— Você deixou claro que sou uma transação para você — continuo, respirando fundo. — E agora, quando aparece uma possibilidade de eu me libertar disso, você age como se eu estivesse… te traindo.— Ann…— Não, Nathan — corto, dando um passo à frente. — Você quer uma resposta honesta? Então sim, quero me livrar desse contrato. Quero

“Nathan Prescott”O jatinho corta as nuvens em direção a Los Angeles, mas minha mente continua uma bagunça.Desvio os olhos do celular e observo Ann. Ela finge ler um livro, mas não vira uma página sequer nos últimos quinze minutos.Solto um suspiro, tentando me forçar a focar nos e-mails. Mas é inútil.A conversa do café da manhã segue repetindo na minha cabeça como um disco arranhado.Quando foi que algo que deveria ser simples se tornou tão complicado? Ann deveria ser só mais um acordo.Mas não é. E já sei disso há dias.A simples ideia de ela escolher Robert, de me deixar, me incomoda mais do que deveria.Mais do que permiti a mim mesmo sentir desde a última vez.Ann confessou que me quer. Só eu, sem contratos, sem condições.E ela é louca por isso. Porque eu posso machucá-la de formas que Robert jamais conseguiria.Porque é isso que faço. Machuco pessoas. Uso pessoas. Mantenho distância para não me machucar primeiro.Rachel me ensinou essa lição da pior maneira possível.Mas Ann

Observo Nathan por um longo momento, ainda incrédula com o que acabou de acontecer. Ele realmente rasgou nosso contrato sem hesitar, de um jeito que deixa claro que não foi pelo dinheiro, mas por vontade própria. Nathan Prescott, o homem que controla cada aspecto da própria vida, que transforma tudo em acordo, acabou de abrir mão do controle que tinha sobre mim. De repente, começo a rir. Um riso genuíno de alívio e surpresa. Ele franze as sobrancelhas, visivelmente confuso com minha reação. — O que eu fiz de tão engraçado? — pergunta, cruzando os braços. — Você rasgou aquele contrato — respondo, ainda sorrindo. — Como se fosse lixo. — E? — Por que fez isso? — pergunto, levantando a sobrancelha. — Por medo de perder sua… propriedade? Ou, por que finalmente te paguei? Ele fica em silêncio por alguns segundos, como se escolhesse cada palavra com cuidado. — Porque eu quis — responde, sincero. — Porque não quero que você se foda de novo por um filho da… — Nathan — o in