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Todos os capítulos do O MAGNATA ME SALVOU : Capítulo 51 - Capítulo 60

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Eric, desmoronado, manda avisar a família Eric estava sentado no chão do escritório de Logan, a cabeça entre as mãos. Há dias não dormia, não comia, não pensava com clareza.— Eu não consigo mais... — sua voz era rouca, quase um sussurro. — A Bia está grávida... Eu não sei se ela está viva, se estão batendo nela... se ela ainda...Logan se ajoelhou à sua frente, tentando contê-lo.— Nós vamos encontrá-la, Eric. Eu prometo.— Não... — ele o interrompeu. — Já passou uma semana. A Lia precisa saber. O pai dela também. Eles têm o direito. Eu tentei proteger, evitar sofrimento... mas eu não tô conseguindo mais segurar.Logan respirou fundo, assentiu devagar e disse:— Eu mesmo vou fazer isso. Do jeito certo.Eric assentiu, em silêncio. Pela primeira vez desde o sequestro, ele chorou. Sem gritos. Sem raiva. Apenas desespero puro.Eric, desmoronado, manda avisar a família Eric estava sentado no chão

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#A CHEGADA SEM A BEATRIZ

A porta da frente se abriu devagar, rangendo como se até ela sentisse o peso que vinha atrás. Erick entrou. Os ombros curvados. O rosto pálido, os olhos fundos. Cada passo dele parecia um lamento.Na cozinha, sua mãe ajeitava a louça do café da tarde. Ao ouvir o barulho, sorriu, ainda de costas:— Demorou, meu filho… Achei que você tinha decidido passar uns dias com a Bia lá, aproveitar antes do casame—Ela parou. Virou-se devagar. E ali estava ele. Sozinho. Sem a Beatriz. Com o olhar quebrado.Ela arregalou os olhos, deixando um pano cair no chão.— Erick? Cadê a Beatriz?Ele tentou falar. A boca se abriu, mas nenhum som saiu. O peito arfava. E então… colapsou. Caiu de joelhos no chão como um menino ferido, os braços desabando sobre as pernas, o rosto escondido.— Mamãe... — ele soluçou. — A Bia foi sequestrada…Ela se aproximou correndo, ajoelhando-se ao lado dele, as mãos tremendo ao tocá-lo.Ler mais

SEMENTES DA ESPERANÇA

– Acordar da Mãe Leoa)Beatriz despertou devagar, os olhos ainda pesados por dias sem cor e noites sem tempo. O teto branco e sem janelas do quarto a sufocava, mas, naquela manhã, algo estava diferente. Pela primeira vez, não era a dor que a fazia abrir os olhos, mas sim um leve e suave movimento dentro de si.Ela levou a mão ao ventre com delicadeza.— Eles mexeram... meus filhos...Uma lágrima escorreu por seu rosto. Pela primeira vez, não era de medo.Fechou os olhos com força, e flashes do sonho voltaram. Eric, ajoelhado ao lado da cama, segurando sua mão. A presença dele era tão forte, tão real… a voz embargada, o olhar terno. “Fica calma, amor. Eu vou te salvar. Por favor, cuida dos nossos filhos. Faz tudo certo, não os provoque, não tente fugir. Eu juro por tudo que é sagrado: eu vou te encontrar. Confia em mim.”— Eu confio em você, Eric… — ela murmurou, com os olhos marejados.Com um suspiro profundo,

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Mensagens do Cativeiro

Nos dias que se seguiram, Beatriz manteve o olhar calmo, os gestos suaves e o coração firme, mesmo diante da angústia que tentava lhe tomar os sentidos.Ela lia os livros como se fossem mantos de proteção. Cada página virava com um cuidado sagrado — mas era entre elas que o verdadeiro plano ganhava força.A mulher de olhos tristes, identificada apenas como M., trazia sempre um novo exemplar da estante antiga da biblioteca da fazenda. E, com eles, vinham os bilhetes. Pequenos. Escritos à mão. Com cuidado.Naquela tarde, ao abrir o livro de capa azul, Beatriz leu: “Estamos em uma fazenda. Não sei a localização exata. Mas não deve ser muito longe de onde você foi sequestrada. Chegamos aqui após cerca de 3 horas de carro. — M.”Beatriz respirou fundo. Seus olhos marejaram, mas não deixou escapar nenhuma lágrima. Sentou-se na ponta da cama e, na parte que a câmera não alcançava, pegou a caneta escondida na lombada interna e respondeu:Ler mais

Sonhos que Guiam a Verdade

– O Retrato da EsperançaO sol ainda nem havia rompido no horizonte quando Eric despertou, o coração aos pulos dentro do peito. Suava frio, mas seus olhos brilhavam. Ele sabia que não fora apenas um sonho. Aquilo era mais. Era um chamado. Um recado do além.Levantou-se, vestiu um moletom, e caminhou em passos firmes até a casa principal, onde Logan já tomava café ao lado de um mapa virtual projetado na tela. O agente ergueu o olhar assim que Eric entrou, e reconheceu a gravidade no semblante do amigo.— Logan... Eu preciso falar com você. É importante.— Mais um sonho?— Sim. Mas dessa vez foi diferente. Eu vi o rosto dela. Da moça que está ajudando a Beatriz. — sentou-se à frente dele, os olhos marejados.Logan endireitou a postura. Silenciou, deixando que ele prosseguisse.— Ela parecia ter por volta de vinte anos. É jovem, muito jovem. Cabelos castanhos encaracolados, amarrados num rabo de cavalo... Olhos ve

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###A Dor de Quem Espera

O sol começava a se despedir do céu quando a caminhonete preta atravessou os campos que cercavam o Rancho Langford. O clima estava morno, mas um silêncio pesado envolvia tudo ao redor. Ao volante, um dos agentes do programa de proteção dirigia em silêncio. Ao seu lado, Helena observava a paisagem com olhos atentos. No banco de trás, Lia mantinha as mãos entrelaçadas, o coração batendo acelerado. Fazia dias que o pavor a dominava — dias em que saber que a filha estava viva, mas nas mãos da mulher que por tanto tempo fingiu ser amiga, a corroía por dentro.Quando o carro parou diante da casa principal do rancho, o portão já estava sendo aberto por um segurança. Lily correu do jardim em direção à entrada da casa, segurando um ursinho de pelúcia, os cabelos castanhos voando e os olhos castanhos claros cheios de expectativa.Lia desceu primeiro, abrindo os braços.— Lily! Minha princesa!A menina correu para ela, mas, diferente de outros tempos, não sorria. Parou a poucos passos da avó e o

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###A Dor de Quem Espera

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###O Aviso Oficial

Na manhã seguinte, o telefone tocou na casa onde Lia vivia em sigilo com Helena e as gêmeas. Logan era direto, mas respeitoso: — Lia, preciso que se sente. Temos informações novas sobre Beatriz. Ela está viva, sim. Está grávida. E está nas mãos da Quitéria. O coração de Lia parou por um instante. A mão tremia ao segurar o celular. — Ainda não sabemos a localização exata, mas temos pistas fortes. E por isso, tomamos uma decisão com o Serviço de Proteção: as gêmeas precisam ser levadas imediatamente para fora do país. Para um local onde nem mesmo a Quitéria ou os aliados dela conseguirão alcançar. Lia apertou os olhos, contendo as lágrimas. — Elas... vão sair dos Estados Unidos? Para onde? — Não posso dizer agora. Só posso garantir que estarão sob a guarda de Dani e John. Em outro país. Um lugar seguro, sigiloso e com estrutura especial de proteção. — E Beatriz?
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###O Despertar pela Luz

Eric se deitou com os olhos pesados. Não era apenas o efeito do calmante prescrito pela mãe, mas o peso da dor, do medo e da impotência. O choro contido da filha ainda ecoava na alma. Lily, pequena e frágil, com os olhos molhados e o coração em desespero, só queria a mãe de volta. A dor de não ter Beatriz ao lado corroía a todos — mas nele, doía diferente. Era uma ausência que se enraizava nos ossos, como se parte dele estivesse algemada junto com ela em algum lugar desconhecido.Assim que fechou os olhos, o silêncio o envolveu, mas logo uma brisa cálida atravessou o quarto. Ele não abriu os olhos — não precisava. Conhecia aquele aroma, aquele som suave de passos leves, aquela sensação de paz. Era ela.A figura luminosa da esposa falecida surgiu diante dele, como nas vezes anteriores. Mas desta vez, havia mais firmeza em seu olhar. Um ar de urgência envolvia sua presença.— Você está se deixando abater, Eric... — a voz dela era doce, mas séria. —

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###Despertar de Fé e Esperança

A Oração do CoraçãoEric suspirou fundo, sentindo a mente cansada e a alma ferida. Pela primeira vez desde que sua esposa desencarnou — e desde que tudo começou com o sequestro de Beatriz — ele ergueu os olhos para cima, em silêncio, ajoelhou-se ao lado da cama e uniu as mãos.— Senhor Deus, Pai de toda vida…Que eu encontre serenidade na destruição do medo.Que meu coração se abra para a esperança.Dá-me sabedoria para continuar com fé; coragem para amar mesmo na dor; força para agir, ainda que tóxico por dentro.Que eu seja um vaso de luz, mesmo quando tudo escurece.Você prometeu que, diante das trevas, bastaria acender uma vela.Que essa vela seja acesa hoje.Que sua luz guie meus passos, proteja minha filha Lily, e traga Beatriz de volta.Amém.Ele ficou assim por alguns minutos, até o corpo aquietar e a mente silenciar. Depois se levantou, tomou um banho revigorante, escolheu com cuidado roupas limpas e desce

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