Eu achava que estava pronta.Mas, quando o carro parou diante do tribunal, minhas mãos ficaram frias, meu estômago embrulhado e minhas pernas tremeram de um jeito que denunciam mais do que qualquer palavra poderia dizer.Ravi me ajudou a descer, sua presença firme ao meu lado. Daniel vinha logo atrás, com uma pasta tão pesada quanto a responsabilidade que ele carregava.— Vai dar tudo certo — Ravi murmurou, segurando minha mão.Eu assenti… mas não acreditei de verdade.As portas do tribunal se abriram e o som ecoou, um estalo violento que correu pelos meus ossos. O corredor parecia interminável. Cada passo aumentava a pressão no meu peito. Quando entramos na sala de audiência, eu o vi.Roger.Sentado, de terno escuro, barba por fazer, olhar frio. Ele não sorriu, não debochou… mas aquela serenidade falsa fez meu estômago virar do avesso. Ele parecia calmo demais. Perigoso demais.“Você nunca vai se livrar de mim”, era o que aqueles olhos costumavam dizer. Ali, mesmo sem palavras, dizia
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