102. Termos do contrato
Lúcia MendesEnzo se levantou da poltrona e, com aquela educação impecável de advogado, estendeu a mão para mim. Apertei, mesmo sentindo o peso calculista do olhar dele me atravessando como uma sentença."Nate me pediu para vir conversar com você." O tom era neutro, mas havia algo ali, como se cada palavra carregasse uma acusação disfarçada. "Ele quer deixar tudo ajustado para o enlace de vocês." olhei para minha mãe que parecia interessada demais."Claro, vamos sim. Vamos até a cafeteria. Minha mãe tem que descansar.""Eu estou ótima, não ligo de vocês conversarem aqui." estreitei os olhos."Mãe, eu já volto."Minha mãe sorriu com aquele ar travesso que não abandonava nunca. "Adorei a companhia, Enzo. Educado, charmoso… você devia aprender um pouco com ele, querida."Revirei os olhos e me apressei em sair antes que ela resolvesse soltar mais alguma indireta.Descemos juntos até a cafeteria do hospital. Eu tentei manter o passo firme, mas o silêncio de Enzo parecia aumentar cada segun
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