FLORIANAbro os olhos e me encontro no meu quarto, com meu pai, vejo apenas as costas de Branca saindo do lugar.— O que...— Vai atrás da sua mulher. — Ele se adianta antes que eu complete a pergunta sobre o que aconteceu aqui.Tão acostumado com as mudanças que sabe exatamente que sou eu, que quem quer que tenha estado no meu corpo se foi.— O Caçador machucou ela — revela.Puta merda!Dou um passo para ir atrás dela, mas paro.— Mas... e se ele voltar?Se uma das minhas personalidades a machucou, devo ficar longe. Não posso arriscar ela ou meu filho. Eu me lembro exatamente do momento em que ela revelou estar grávida e eu apagar com todas as dúvidas e medos que surgiram.— É o momento de tomar as rédeas da sua vida. Agora você é pai. Vá.— Eu...— Depois explico o que houve. Vai. E não deixe mais que ela se machuque. Ela é sua responsabilidade.Meu pai tem uma confiança em mim que eu não tenho, mas ele está certo quanto a uma coisa, é minha responsabilidade.Corro para fora e consi

FLORIANSento na porta do quarto depois que ela me pede para sair. Fico do lado de fora, pensando em tudo. Eu devia ter contado a ela desde o início. Eu fui um covarde. O que eu achei que aconteceria?— Por que não dá uma volta? Ajuda a clarear a mente. — Olho para cima e vejo Felipe me estendendo a chave de um carro.É difícil acreditar nos meus olhos com essa cena.— Essa casa está mais caótica que o normal com você e Branca, uma doida se dizendo grávida do Raoul, e Adam com a Bela presa na casa dele. Nem vou falar que não falta acontecer mais nada pra não atrair.— Acha seguro, eu solto por ai?— Irmão, quando se encontra o verdadeiro amor, tudo é possível. Eu sei. Já encontrei o meu. E por tudo que aconteceu, Branca é o seu amor verdadeiro.— E eu quase deixei que morresse por essas mãos. — Olho meus dedos.— Duvido que ele conseguiria matá-la. Vai lá. Nós cuidamos dela.Ele estende a outra mão e me ajuda a levantar.Acabo aceitando e dirijo até a praia. Sim, eu sei dirigir. Sou u

BRANCADepois de trocar de roupa no quarto de Cinderela, descemos para almoçar e encontramos quase todos os Seven à mesa. Faltou apenas Florian.Eu não perguntei por ele. Fingi que não estava incomodada com sua ausência, que não estava preocupada.Sendo bem sincera, teve momentos que realmente não lembrei dele. O almoço com os Seven é tão agitado que é impossível dar atenção a algo que não seja as brigas entre os irmãos e suas mulheres tentando mantê-los educados, assim como Amaymon.— Perdão, Branca. Você deve estar horrorizada conosco. Eu juro que eduquei essas criaturas com todo rigor.Raoul resmunga alguma coisa, mas não dou atenção, apenas sorrio para esse homem lindo e respondo.— Nada de desculpa. Eu sempre quis ter família grande, mas minha mãe ficou meio arredia com homens depois do meu pai.— Também, dedo podre sua mãe de cair nas garras logo do Jafar.— Raoul! Fica caladinho. — Carmine beliscou o braço forte do namorado na frente de todos.E ele sussurrou algo no ouvido del

— Senta, Raoul.— Pai!— Senta, filho. Muitos homens vão desejar sua mulher. Compete a você ser o único que ela deseja.— E eu sou. Não vai ser nenhum caçadorzinho de merda que vai tirar ela de mim. E se ao menos tentar, saiba que existe dores piores que a morte.E nesse clima gostoso termino o café, deixo minha mulher lendo com Cinderela e sigo para o colégio do meu irmão, que recusa a carona e diz para eu ficar esperto e com as mãos e os olhos longe da sua garota. Mas antes de ir para o colégio vou até a clínica conversar com os médicos que me acompanhavam e pegar suas anotações, ai sim vou para a porta do colégio e fico no carro lendo os papéis até que um sinal agudo anuncia o fim das aulas. Saio do carro e fico esperando. Logo a vejo com seus cabelos incríveis balançando contra o vento que está um pouco forte. Entendo porque meu irmão se apaixonou por ela, é linda tanto por dentro quanto por fora. Mas olhando para ela só enxergo uma irmã para cuidar. É Branca que atiça todos os me

BRANCAFlor desce as escadas elegantemente em seu terno rosa bebê. Confesso que fica totalmente alinhado no corpão musculoso do meu homem.— Bom dia, família! — cumprimenta atraindo olhares de Cinderela e Henry na sala.— Bom dia! Finalmente conheço você. — A loira vem em nossa direção.— Muita mulher querendo me conhecer. Cadê os homens?— Podemos ver vários no shopping.Henry limpa a garganta com a fala da mulher.— Corrigindo, vocês podem. Eu só tenho olhos para o meu marido ciumento.— Não estou achando boa ideia vocês saírem sozinhas — ele opina.— E quem disse que vamos sozinhas? Quero pelos menos quatro seguranças para segurar as sacolas. Um para cada. Os mais gatos.— Nem pensar.O caos se instala com Henry discutindo, Flor escolhendo os seguranças e Cinderela e eu tentando apaziguar a discussão dos irmãos. No fim saímos e encontramos Maria na casa onde fiquei com Florian. Ela passou lá para pegar minhas coisas, que já aproveitei e guardei no carro.— Eu estava mesmo precisand