Laura arregalou os olhos, ainda sob o corpo dele, e Heitor soltou um palavrão baixo, irritado. Respirando com dificuldade, ele se afastou a contragosto, permitindo que ela se ajeitasse rapidamente. Ela passou a mão pelos cabelos, descomposta, tentando recuperar a compostura, o coração ainda aos pulos. TOC TOC TOC! — Já vai! — ela disse, se recompondo o melhor que pôde. Caminhou até a porta e girou a maçaneta. Era Bianca, com os olhos arregalados, uma expressão de urgência no rosto, mas claramente desconfortável ao perceber que havia interrompido algo. — Desculpa, Laura... Eu tentei esperar, mas... preciso falar com você. É importante. Heitor permaneceu à mesa, passando a mão pelo rosto, visivelmente frustrado. O clima entre os dois se desfez num piscar de olhos, como uma tempestade cortada pelo som de um trovão. Laura respirou fundo, se recompondo por completo. — Com licença, senhor Arantes — disse em tom frio, profissional, sem olhar para ele. Saiu pela porta ao lado de Bianca
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