Gritou Larissa, porém, Dimas já estava longe, correndo em direção aos uivos. Milton corria de um lado para o outro, não parando no mesmo lugar, dificultando a ação de Dom para o encontrar. Ele corria como um louco em sua dor, querendo matar aquele que ousou torturar e tirar a vida de sua companheira.Dimas parou para prestar atenção à natureza que sempre dava sinais sobre o que estava acontecendo. Neste caso, não se via ou ouvia o som dos animais que sempre saiam à noite. Percebeu o movimento de lobisomens, vindo de vários cantos e estavam todos indo para o centro da Alcateia Central.Seguiu então, correndo até lá, daria um fim naquele seu irmão deformado mentalmente, criado por um pai desalmado, influenciado pela ganância e vaidade.— Awurhhh! — rosnou alto o monstro de Milton, no centro da praça. Havia saído por uma brecha em meio às rochas que formavam a cachoeira.Seus seguidores de todas as outras Alcateias, aproximaram-se e cercaram o lugar. Dimas chegou e viu o grande contingen

— Milicenti Magicien, acorde.Milicenti abriu os olhos lentamente e não reconheceu o lugar onde estava. Antes de abrir os olhos, tinha sentido uma brisa suave em seu rosto e inspirado um ar fresco, úmido, que refrescou o seu corpo. Sentou-se, percebendo que estava deitada em uma cama macia feita de nuvens.— Estou no céu?Uma risada doce e divertida soou atrás dela. Virou-se e viu a mulher mais linda que já havia visto. Não sentia nela a presença de um lobo ou de outra coisa sobrenatural, ela era tão pura que exalava uma luz ao redor de si, uma luminosidade que parecia irradiar de seu próprio corpo. Suas vestes eram de tecido fluídico, fino e leve, que balançavam ao redor de seu povo. Não conseguia ver seus pés, pois estavam cobertos pelas nuvens. Seu rosto era fino e suas feições clássicas, olhos grandes com cílios longos e escuros contrastando com a pele clara e dando-lhe uma expressão de doçura e atenção ao mesmo tempo. Seus olhos azuis transparentes e cristalinos, transmitiu a m

Todos foram para a sala de jantar e logo em seguida, chegaram Pedro, Paola e Dandara que estavam fora, pesquisando alguma coisa que eles não sabiam o que era.— Então, é mesmo verdade, Mili ressuscitou? — perguntou Dandara, que sentiu o cheiro de sua irmã.Milicenti levantou-se e abraçou-os.— Desculpe o susto, queridos e sim, Dandara, ressuscitei e tive um encontro inesperado enquanto estava “dormindo”. Tenho muitas coisas para contar e você está incluída. Mas vamos comer primeiro.Dali em diante, todos se concentraram em comer e festejar a felicidade de tudo parecer que estava entrando nos eixos. Com a morte do Alfa Milton, uma nuvem negra saiu de sobre as Alcateias Ancestral, Magistral e Central.Depois que todos estavam satisfeitos, foram para a sala de estar para escutar a história. Dimas contou como foi perceber que sua companheira havia sumido e à procura incessante que tiveram, desde então. Pedro e Paola souberam que eles saíram de fininho para não chamar-lhes a atenção e po

Dentro da caverna, Pedro e Paola estavam admirados com a transformação. Todas as pedras preciosas que apareciam nas paredes, brilhavam e emitiam fachos de luz colorida que deixavam a caverna parecendo um grande salão de baile.As plantas estavam viçosas e bem verdes, além de algumas que normalmente não floresciam com facilidade, estavam cheias de botões e flores. Haviam borboletas voando por todo lugar, assim como outros insetos e os dois estavam admirados, com aquele mundo que parecia um perfeito paraíso sobrenatural. — O que aconteceu aqui? — perguntou Rafael.— Parece que o que estava atrapalhando a natureza foi eliminado e ela voltou a ser esplendorosa como deve ter sido antes. — disse Laércio, que havia descido com eles para verificar o que ouviu de Felícia sobre o altar. — Será que esses bruxos que dizem ter na outra Alcateia, tem tanto poder assim? Primeiro, o de descobrir esta caverna antes de nós e segundo, de quase destruir uma coisa tão perfeita? — questionou Paola, que

Elas se despediram depois de ter arrumado a casa toda e ajudarem a guardar os presentes. Mili abriu o portal e todas passaram com os filhotes dormindo.Logo em seguida, Dimas entrou pela porta e viu sua fêmea prenha, sentada na poltrona com os pés sobre a mesa de centro. Achou-a bem pacífica, porém, seu rosto parecia sujo e foi até ela para limpar. — Oi, amor. Viu? Estou sentadinha e quietinha, como você pediu. — Mas o que é isso que está no seu rosto…? — ele passou o dedo perto da orelha dela e mostrou-o sujo de batom.— Ah! Isso? É batom.— Eu sei que é batom, mas por que está na sua cara. Você nunca usa maquiagem, o que andou aprontando, Mili?Ele se levantou, olhando tudo, foi até a cozinha e tudo estava arrumado, mas teve a ideia de sair e olhar o lixo e lá estava todo o resquício da festa.— Então é isso…?Entrou levando uma bola de papel de presente e mostrou para ela, perguntando: — Então, você não fez nada, só o bando feminino da traquinagem?Mili baixou a cabeça para rir,