Ponto de vista de Máximo Bianchi. — Alô... mãe? — minha voz saiu pesada, mas mais calma do que nas últimas horas.— Máximo... meu filho... — a voz de minha mãe tremia. — Ela tá bem... ela tá segura aqui, meu amor... tá no quarto... sua irmã, sua tia, a mãe dela, Aurora... estamos cuidando dela, meu filho.Fechei os olhos, respirando fundo, e pela primeira vez desde que aquele pesadelo começou, senti meu peito aliviar — mesmo que por um fio.— Ela... ela chorou muito, tá frágil, mas tá em casa, tá segura. Dormiu agarrada na sua camisa. Ela só quer você agora... — a voz dela embargava a cada palavra.— Diga pra ela que eu tô chegando, mãe... que eu só preciso terminar algo. Eu juro, eu chego logo.— Traz aquele desgraçado aqui morto, Máximo... ou nem volta. — a voz da minha mãe, que sempre foi doce, soava agora como uma sentença de morte.— Pode deixar, mãe... eu não vivo num mundo onde Serena não exista. Quem fez isso com ela... vai implorar pra morrer. — finalizei antes de desligar.
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