Narrado por Marcos Nunca fui um homem burro. Errado, talvez. Impulsivo, arrogante, orgulhoso demais. Mas burro? Nunca. E era por isso que, depois da humilhação que passei nas mãos de Ares Marino, não corri pra polícia, nem pros jornais, nem pra nenhuma autoridade. Não sou amador. Sei onde piso. E, mais ainda, sei onde posso causar dano. A guerra se vence com estratégia. E com monstros. Por isso, fui até ele. Viktor Barinov. O nome não é apenas sussurrado com medo. É venerado, temido e odiado nas mesmas proporções. O Dom da máfia russa em Nova York. Frio como o gelo siberiano que diziam ter forjado seu coração. Ele controla o submundo russo como um czar moderno. Tudo passa por ele: armas, drogas, mulheres, guerra. Mas o que ele mais aprecia... é sangue. E poder.
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Capítulo 19– Que Venha o Sangue
Narrado por Ares Marino A mesa de guerra foi montada como manda a tradição da nossa família: madeira escura, silenciosa, carregada de significado. As luzes do subterrâneo estavam baixas, a sala protegida por três portas trancadas e um corredor vigiado por dois homens armados. Ali, nenhuma palavra era dita por acaso. Nenhuma decisão era leve. E toda estratégia tinha um preço. Domenico estava ao meu lado, atento. Sergio e Aldo, os dois capos mais antigos da família, sentavam do outro lado da mesa. Cada um com uma taça de vinho, mas ninguém bebeu. O clima não permitia. Sobre a mesa, um mapa detalhado da cidade. E marcado em vermelho, o coração do império de Viktor Barinov: o entreposto no Queens. Um galpão disfarçado de lavanderia industrial, com uma rede subterrânea de armazenamento que recebia armamento e cocaína da Romênia. — Ele se a
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