A manhã amanheceu nublada, e as ruas de Valmor estavam cobertas por um manto de neblina. O céu, sempre claro e azul nas primeiras horas do dia, agora parecia mais distante, como se estivesse refletindo a confusão que se alojava no meu peito. Algo estava prestes a acontecer, algo que eu não conseguia prever, mas que, de alguma forma, sentia que chegaria com força. Helena ainda estava dormindo quando saí de casa. A cada passo que dava, o som dos meus pés na calçada parecia mais forte, mais urgente. Eu sabia que precisava enfrentar as verdades que estavam escondidas em meu passado, que precisavam ser reveladas, não apenas para mim, mas também para os outros. Era algo que me incomodava, que me fazia acordar no meio da noite, mas que eu ainda não tinha coragem de encarar. Cheguei à fundação mais cedo do que o normal. As portas estavam fechadas, mas havia algo de diferente no ar. O silêncio que habitava aquele lugar agora parecia carregado de expectativa, como se todos os meus esforços t
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