No meio de uma extensa pradaria na Austrália está minha casa, uma construção solitária. Para quem não a conhece, parece desabitada, mas se você vê uma sombra se movendo de um lado para outro na janela, logo percebe que há alguém dentro. Um carro coberto de poeira chega, e dele descem três homens que se introduzem rapidamente na casa.  —Por que vocês demoraram tanto? —perguntei, irritada.  —Tivemos que despistar quem nos seguia —respondeu um deles.  —Conseguiram realizar algo? Subornaram o juiz? —continuei perguntando ansiosamente.  —Não, nada. O desgraçado quase nos colocou na prisão! —disse o homem, deixando-se cair no sofá—. Ele está muito bem protegido; em nenhum momento esteve sozinho, sempre tem quatro seguranças com ele.  —N&atild

Fechei a janela e me dirigi à porta. Eles ainda não sabiam, mas naquela casa não íamos apenas buscar respostas tecnológicas. Íamos enfrentar muitas coisas que só eles entendiam.  —Então, segundo sua história, o que você quer nos dizer? —perguntou com seriedade.  —O que quero dizer é que aquela casa tem muito avanço tecnológico. E precisamos descobrir o que é. A única maneira de fazê-los sair de lá é raptando as crianças —voltei ao assunto que me interessava—. Eles têm que encontrar uma maneira de se apossar das crianças.  —Isso é mais do que impossível —disse o jovem que havia permanecido ouvindo sem intervir—. Cada vez que tentamos passar um drone, ele desaparece. Todas as coisas que são levadas para aquela casa são descarregad

Era desconcertante. Clío havia vivido toda a sua vida com aquelas figuras presentes em seu entorno, enquanto nós começávamos a descobrir uma conexão muito mais profunda: uma que nos unia a eles de formas insuspeitadas. Enrico se adiantou em direção à tela, e sua expressão de confusão se tornou mais sombria.  —Não é nada, amor —disse, abraçando minha esposa. —Ele era o melhor amigo dos meus pais. Clío, preciso te contar uma notícia muito importante. Acabamos de encontrar meus pais vivos em um dos laboratórios subterrâneos desta casa. Junto com esse doutor, aquela doutora e outros mais, asfixiados em uma sala.  —Oh, meu Deus, que tragédia! —exclamou e então parou. —Entendi direito? Você disse que seus pais estão vivos?  —Sim, olhe para eles —digo, apontando

Martín, de repente, se desequilibra, apertando o peito. Clío corre e o sustenta, ajudada por mim. Susan e Enrico também correm ao lado dele. Enquanto isso, meu sogro não para de olhar para a tela do computador, onde o vídeo continua reproduzindo e aparece um garoto sorridente que é sua viva imagem.  —Por que você não me disse isso antes, Leo? —pergunta Clío, olhando também para o garoto.  —Na verdade, nunca fiz a conexão dela com você, amor —peço desculpas, olhando para o jovem que, de fato, se parece muito com minha esposa—. Acho que havia esquecido como ela era.  —Vamos agora mesmo vê-la. Quero vê-la, saber o que aconteceu. Como é que ela está aqui e não no cemitério, onde a enterrei? Como é possível isso? Não entendo nada —me pede meu sogro Martín. &nb

Afasto-me irritada de Leo; não consigo entender por que ele me considera tão fraca. É verdade que não sei muito sobre o mundo do sexo. Não temo arriscar-me para salvar meu pai. Ele ficou pensativo, me olhando enquanto me afasto. Posso sentir seu olhar nas minhas costas e me assusto quando me vejo encurralada contra a parede.— Você realmente quer experimentar, Clío? — pergunta com uma expressão que me faz estremecer —. Você quer?Meu coração acelera ao sentir todo o corpo quente dele colado ao meu. Ele me olha com luxúria e desejo. Um desejo que faz meu centro se contrair, enquanto meu estômago pula nervosamente. Não me deixo intimidar; eu o empurro contra a parede e mordo seu lábio com fúria.— Você me considera tão fraca, Leo? — repeti a pergunta —. Você realmente acha que não posso aguentar?— Você realmente quer saber, Clío? — E ele enfia a língua na minha boca, entrelaçando-se com a minha enquanto sua mão desce até minha saia e a levanta em busca do meu centro —. Você quer que eu