Silêncio, Almoço e Veneno Heitor Ainda com o corpo colado ao dela, respiração ofegante e o cheiro de sexo se espalhando pelo ambiente como uma assinatura irreversível, permaneci alguns segundos em silêncio. Nossos corpos não queriam se separar. A pele colada, o suor misturado, o gosto da entrega ainda na minha boca. Era como se o tempo tivesse parado ali, dentro da minha sala, com a mulher que agora não saía mais dos meus pensamentos nem do meu corpo. Beijei sua testa, depois sua boca. Lentamente. Levantei, organizei parte das pastas jogadas no chão e comecei a me recompor. Vesti a cueca, a calça de alfaiataria, a camisa, e abotoei cada botão com movimentos ainda lentos, como se me despedisse da intensidade do momento. Coloquei o cinto, calcei os sapatos, ajeitei a gola e prendi os botões da manga. Ao final, ajeitei os cabelos com os dedos e olhei para ela, que ainda estava sentada sobre a borda da mesa, com as pernas cruzadas e os olhos fixos em mim, sorrindo. Ela se ergueu com
Leer más