Meu pai olhou diretamente nos meus olhos. — Você é muito corajoso. — eu disse a ele. — Depois do que você fez, como pôde aparecer aqui? Ele riu de novo. — Ah, filho, você acha que estou aqui por você? Para que mais ele poderia estar aqui? — Você está errado, como sempre, Dante. Meu propósito aqui não é causar nenhum mal a você. Estou aqui para visitar uma velha amiga da família. Não, não pode ser. Ela manter contato com ele depois de todos esses anos é algo... Não entendo por que ela estaria se associando a ele, depois de tudo o que me contou. Sei que ela o odiava. — Você está um passo atrás, como sempre. Então por que não aceita a derrota? — perguntei. — Derrota? E isso vindo de você? Nunca nesta vida nem na próxima. — Ele sorriu para mim. — Tudo bem, não estou contando com você para viver tanto tempo, filho. Aquele homem, já estou farto dele. — O que você está fazendo aqui com a minha garota? — perguntei. — Eu já te disse que vim aqui para ver uma amiga da fam

DANTE KINGSTON Ela não quer fugir, foi o que ela me disse em alto e bom som. Mas eu não vou deixar isso passar tão facilmente. Se temos que nos casar, por que não podemos nos casar, só eu e ela? É realmente necessário ter todo mundo por perto? Não entendo a lógica dela. Talvez ela não queira se casar comigo e só concordou para poder recusar depois. Não, ela disse que me ama. Isso não é mentira. Se ela está me dizendo que não pode se casar comigo agora, minha melhor opção é esperar. Olhei para as cartas enfeitando minha sala. Fazia dois dias desde que eu havia retornado ao trabalho e quase uma semana desde que vi a Srta. Morgan pela última vez. Ela acabou de me deixar uma mensagem dizendo que precisa pensar bem antes de dar o próximo grande passo. Ela não contou nada a ninguém, sobre o nosso noivado. Ainda estou com dores. Mas não acho que tenha sido só por causa do acidente. Acho que é um pouco por causa da Srta. Morgan e seu hábito de correr e ser enigmática. Meu assistente ch

DANTE KINGSTON Olhei para cima e a vi. Um rosto do meu passado. Um rosto que eu nunca mais queria ver. Ela continua linda. Aquilo que ela sempre foi: um belo erro na minha vida.— Uma vodca para mim. E outro uísque para este cavalheiro.Dei um sorriso irônico.— Essa é a sua maneira de dizer olá, então devo dizer que não quero, Srta. Lancaster.— Senhorita Lancaster? Pensei que fosse a Sra. Kingston. Íamos nos casar um dia, sabia? — ela me lembrou.— Sim, eu me lembro muito bem, Srta. Lancaster, mas esse título não é mais seu. Não preciso te lembrar disso, preciso?— Eu ainda continuo me chamando assim, Dante, mesmo que você tenha se esquecido completamente de mim. Eu não. Nunca conseguiria esquecer tudo o que você fez, tudo o que eu fiz. Esse tipo de coisa é especial, Dante.Eu queria rir. Esse tipo de coisa é especial? Quem ela está tentando enganar, a mim ou a si mesma?— Parece que você também não mudou nada, Ursula. Ainda desempenhando o papel de bruxa do mar.— Era exatamente

DANTE KINGSTON Abri os olhos e não a encontrei ao meu lado. No entanto, ouvi sua voz sussurrando para alguém. Vesti meu robe e caminhei em direção à porta. Enquanto caminhava em sua direção, a discussão esquentou e então parou de repente. Eu a vi fechando a porta e caminhando em direção ao quarto. Seus olhos encontraram os meus e ela ofegou, assustada por algum motivo. — Você está acordado? — ela perguntou, avaliando a situação com clareza. Toquei sua bochecha. — Você parece preocupada, amor, está tudo sob controle? — Sim, está tudo bem — ela me disse. Mas seu tom não era muito satisfatório. Ainda assim, não deixei isso me afetar. Afinal, dei a ela muito em que pensar. — Preciso te contar uma coisa, é muito importante que você saiba disso. — Assenti. — Você sabe que pode dizer qualquer coisa, não é mesmo? — Eu sei, Dante, mas, por favor, me prometa que vai me ouvir e não me julgar antes que eu termine de falar. Vou te contar agora. — Vamos nos sentar, tá, linda? E de

DANTE KINGSTON Emily estava muito agitada quando cheguei ao escritório. Ela corria de um lado para o outro, tentando controlar a situação. Afinal, ela é uma funcionária eficiente. Ela olhou para mim e seus olhos tremeram de alívio, tanto que me abraçou no meio do corredor, na frente de todos. — Você voltou, nem sei como descrever o quanto estou feliz agora — disse ela, me abraçando forte. — Eu também estou feliz por finalmente estar de volta, Emily. Retribuí o abraço e, sim, não me importei com quem olhou ou o que os outros pensaram. Afastei-me e beijei sua testa. As pessoas ao meu redor ofegaram. — Voltem para o trabalho, pessoal. Não há nada para verem aqui. — eu disse a elas. Elas se afastaram da gente. — Agora, sobre as reuniões, onde as pessoas estão, querida? — perguntei. — Eu vou liderar o caminho, suponho? — perguntou Emily. — Afirmativo. — Eu estava com medo de que você dissesse isso. Ela me levou até a sala de conferências. E então, como uma assistente simpática