MARINA MORGAN
Eu não queria estar ali.
Ainda assim, segui a Ivy, sentindo o peso de cada passo. Ela parecia satisfeita com o que estava fazendo, quase como se estivesse armando algo. E estava. Eu sabia.
Quando chegamos, lá estava o Dante.
O homem que me fazia perder o rumo e a lógica, que eu tentava manter à distância, embora nem sempre conseguisse.
Ele me olhou, e mesmo sem dizer nada, senti tudo. Cada silêncio dele gritava em mim.
— Trouxe uma amiga especial para você — disse Ivy, com um sorriso malicioso.
— Só uma amiga especial? — ele devolveu, num tom provocador.
— Ela é mais do que uma amiga? — Ivy arqueou a sobrancelha.
— Por que você não faz essa pergunta isso para a Srta. Marina? Você é apenas uma amiga, Marina? Acho que talvez ela possa te dizer o quanto é especial.
Olhei para o chão. Eu não podia encará-lo. Não conseguia na verdade.
— Por que você não explica, sobre isso Srta. Marina? — ele insistiu.
Meu silêncio era tudo o que eu tinha. As palavr