O C&H Café estava cheio de vida naquela manhã. O cheiro de café recém-passado se misturava ao aroma doce dos bolos e pães, e o som de conversas animadas e risadas preenchia o ambiente. A inauguração vinha sendo planejada havia meses, e Joshua e Leah se moviam pelo espaço com uma mistura de orgulho e responsabilidade, garantindo que tudo saísse como combinado.Eduardo conversava com alguns clientes próximos ao balcão, enquanto Jinx circulava entre as mesas, agradecendo pessoalmente a presença de cada um. Jason ajudava no caixa, com um sorriso gentil no rosto, apesar da correria. Noah estava sentado num canto, comendo um pedaço generoso de bolo de chocolate e observando tudo com olhos atentos, ainda não entendia totalmente a importância daquele dia para os adultos, para ele não fazia diferença o café abrir hoje, se também abriria amanhã, mas percebia que havia algo especial no ar.Tudo corria perfeitamente… até o celular de Eduardo vibrar no bolso. Ele atendeu distraidamente, mantendo o

Jinx segurou a mão de Noah até a escola, observando-o caminhar com passos apressados pelo corredor, mochila pendurada nas costas. Quando chegaram à porta, ele se virou, ainda sorrindo, e disse animado:— Até mais tarde, tia Jinx!Ela acenou, sentindo uma pontada de ternura, e assistiu enquanto ele desaparecia entre os outros alunos, já imerso no ambiente da escola. Respirou fundo e seguiu para o C&H Café, pronta para mais um turno agitado.Assim que empurrou a porta de vidro, seus olhos encontraram Eloise sentada no balcão, apoiando o queixo nas mãos, observando o movimento do café. O ambiente estava movimentado, clientes conversando em pequenos grupos, garrafas de café chiando nas máquinas, e o som de músicas suaves preenchendo o espaço entre as mesas.— Oi, Jinx. — Eloise disse com um sorriso tranquilo, sem levantar-se, observando cada detalhe ao redor como se estivesse absorvendo o lugar. — Está tudo incrível aqui e cadê o Eduardo?Jinx sorriu, ajustando o avental, seus dedos roçan

O carro de Jinx parou diante de uma fachada iluminada por letreiros coloridos que piscavam em vermelho, azul e verde. O fliperama parecia um oásis de luz e sons eletrônicos, contrastando com o silêncio pesado que havia marcado o começo da manhã de Noah. Assim que desceram do carro, Jinx bateu as chaves contra a palma da mão e lançou um olhar cúmplice para ele.— Preparado para perder em grande estilo? — ela perguntou, arqueando a sobrancelha.Noah soltou um riso tímido, mas sincero.— Você vai perder, tia. Eu sou bem melhor nesses jogos.— Ah, mas não subestime minha experiência. Eu cresci na época de ouro dos fliperamas. — Jinx piscou, mas por dentro já antecipava que não teria chance contra a agilidade do menino.O interior do local estava cheio de barulhos metálicos, músicas de jogos e o som constante das máquinas. Crianças corriam de um lado para o outro, adolescentes competiam em partidas acirradas, e até alguns adultos tentavam reviver a glória de sua juventude. O cheiro de pipo

Na manhã seguinte, o sol filtrava pela cortina do quarto de Noah, trazendo uma claridade suave que contrastava com a apreensão que ele ainda carregava no peito. Eduardo e Jinx, porém, estavam determinados a resolver a situação. Quando Noah terminou de se arrumar e desceu as escadas, já os encontrou prontos, conversando na cozinha. Eduardo terminava seu café e conferia uns papéis, enquanto Jinx ajeitava o cabelo diante do reflexo do vidro da porta.— Dormiu bem? — perguntou Jinx com um sorriso que tentava suavizar o clima.Noah assentiu, ainda meio sonolento.— Sim.Eduardo deixou a caneca sobre a pia e pegou as chaves.— Vamos? Temos que estar na escola antes do início das aulas para falar com a diretora.O caminho até a escola foi silencioso, mas não desconfortável. Noah olhava pela janela, tentando não pensar no que aconteceria quando visse novamente os garotos. No íntimo, torcia para que aquele episódio tivesse sido um mal-entendido passageiro, algo que pudesse desaparecer como poe

A tarde se arrastou com uma mistura de expectativa e ansiedade boa. Noah correu para o quarto, depois de tomar banho, vestindo a roupa que Jinx havia separado: uma calça jeans escura e uma camiseta azul clara. Ele ainda reclamou da gola, mas estava ansioso para conhecer a pequena Elisa.Jinx ajeitava o cabelo em frente ao espelho quando Eduardo apareceu atrás dela, ajeitando a própria camisa.— Você está linda — murmurou, aproximando-se para um beijo rápido.— Você também está. — Ela sorriu, pegando a bolsa e chamando Noah. — Vamos?O trajeto até a casa de Phillip e Katherine foi rápido, mas cheio de comentários de Noah. Ele falava sem parar sobre como imaginava a bebê, se ela seria parecida com a mãe ou com o pai, se ia rir para ele, e se deixariam que ele a segurasse.Quando chegaram, a porta se abriu assim que bateram. Era Phillip, com um sorriso orgulhoso estampado no rosto.— Que bom que vocês vieram. Kate está no quarto com Elisa, mas tenho certeza de que ela vai ficar feliz em