MirellaA dor começou como uma fisgada baixa no ventre, incômoda, insistente. No começo, achei que fosse só mais uma das tantas contrações de treinamento. Respirei fundo, tentando ignorar, mas meu corpo tinha outros planos. A dor voltou, mais intensa, como se quisesse me lembrar de que alguma coisa estava diferente.Olhei o relógio. Três da manhã. Vincent não estava. Missão urgente, ele disse. Prometeu que voltava antes de qualquer emergência. Eu queria acreditar.Tentei me levantar da cama com calma, mas a fisgada me fez curvar o corpo, os braços instintivamente envolvendo a barriga. “Calma, bebê… ainda não é hora”, sussurrei, como se pudesse negociar com a natureza.Mas outra onda de dor veio. E com ela, um líquido quente escorreu pelas minhas pernas.— Mãe… — chamei, a voz trêmula, desesperada.Em segundos, a porta do quarto se abriu. Ela entrou com a expressão alarmada, já vestida com o robe, os olhos varrendo o ambiente.— O que foi, Mirella?— A bolsa estourou.Ela correu até mi
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