Mirella O sol ainda nascia tímido no horizonte quando saímos da base. Era como se o mundo lá fora não soubesse do que havíamos passado. Como se o tempo tivesse parado para nós e agora estivesse tentando se recuperar. A brisa da manhã era fria, mas reconfortante. E nos meus braços, protegido por mantas e pelo meu coração, estava Domenico. Nosso filho. Nosso milagre. Eu olhava para ele como se ainda fosse irreal. Pequeno, tão pequeno… e ao mesmo tempo, tão forte. Sobreviveu ao inferno, ao desespero, ao medo. Assim como nós. Vincent caminhava ao meu lado. Silencioso. Atento. Mas diferente. Ele ainda era o mesmo homem intenso, perigoso, implacável , mas algo nele havia mudado. Seus olhos tinham sombras que antes não existiam. E ao mesmo tempo, uma luz que me aquecia por dentro. Ele quase nos perdeu, e isso deixou marcas. Em mim também. O nosso lar nos esperava. Nossos seguranças já haviam preparado tudo, reforçado todas as entradas, revistado cada canto. Mas para mim, naquele momento,
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