Priscila Narrando Quando eu vi o Luiz Fernando no galpão, o coração quase parou. Aquele sorriso arrogante no rosto dele, como se tivesse ganhado o jogo da vida, me cortou mais fundo do que qualquer coisa. Eu tentei manter a calma, fingir que não me abalava, mas por dentro a raiva e o medo se misturavam num turbilhão impossível de controlar. Ele se aproximou devagar, falando com aquela voz baixa, cheia de sarcasmo, como se cada palavra fosse uma facada:— Achou mesmo que ia escapar assim tão fácil, Priscila?Eu não respondi. Sabia que qualquer palavra poderia piorar a situação. Tentava pensar num jeito de sair dali, de me proteger, mas tudo parecia tão longe, tão difícil. Eu queria gritar, pedir ajuda, mas estava presa naquele pesadelo. Nesse momento, só uma coisa passava pela minha cabeça: eu não ia deixar ele ganhar. Por mim, pelo Luizinho, pela minha dignidade. Eu precisava ser forte, mesmo que o medo ameaçasse me consumir. Eles não sabiam o que estava por vir. Eu não ia me entrega
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