Capítulo Três Os dias pareciam se arrastar, carregados por uma inquietação crescente. Desde que descobri que Atlas ainda estava vivo, uma fúria silenciosa tomava conta de mim. Eu deveria ter impedido seu nascimento, deveria ter garantido que ele nunca se tornasse uma ameaça aos meus planos.Agora, ele cresce, reúne aliados e desafia meu domínio.Caminhei até a sacada da minha fortaleza, observando o exército que construí ao longo dos séculos. Criaturas formidáveis, guerreiros leais, todos preparados para cumprir minha vontade.— Ele ainda está lá fora — murmurei para mim mesmo, cerrando os punhos. — E isso precisa ser corrigido.Odette, sentada ao meu lado, me observava com um olhar perspicaz.— Parece preocupado, meu rei — comentou, com um sorriso sutil. — O passado voltou para desafiá-lo?Virei-me para ela, meu olhar fixo e determinado.— O passado nunca desaparece, Odette. Ele apenas aguarda o momento certo para retornar.E agora, eu estava pronto para enfrentá-lo.~Eu estava sent

Capítulo CincoEu observava o horizonte, onde a batalha entre as forças de Eutanásia e meus demônios havia acabado de ser travada. Como eu já sabia, os elfos, com a ajuda dos dragões, conseguiram derrotar os três exércitos que eu havia enviado. Uma derrota humilhante, mas necessária. Nada dura para sempre. A guerra é um jogo de paciência, e eu sabia que a vitória deles não significava o fim da minha jornada.O soldado retornou, trazendo informações que confirmavam o que eu já sabia.- Atlas está vivo, senhor - ele disse.Isso não me surpreendeu. Claro que ele estava vivo. Ele não morreria tão facilmente, eu tinha certeza disso. O garoto era mais forte do que imaginava, e sua persistência era algo que eu respeitava, apesar de tudo.- Ele é um peão, nada mais do que isso - murmurei para mim mesmo, sentindo o peso daquelas palavras. Eu sabia que não podia subestimá-lo. Atlas poderia ser um filho problemático, mas ainda era meu filho. E, por mais que eu odiasse o que ele representava, ele

Capítulo DoisA revelação de que Oregon era meu pai ainda ressoava como um trovão em minha mente, ecoando em cada canto do meu ser. Eu, filho de Corigan Argento e herdeiro do trono de Eutanásia, tinha um destino que agora parecia mais sombrio do que nunca. Meu pai, o rei demônio, que havia trazido dor e destruição para tantos, e que agora queria me destruir por eu ser mais forte do que ele. Como poderia um homem como ele ser responsável por minha existência?Mas não havia tempo para me perder em perguntas sem respostas. Não importava quem Oregon fosse ou o que ele tivesse feito. O que realmente importava era o que eu faria a partir de agora. Como o primogênito e único filho de Corigan, eu carregava a responsabilidade de proteger meu povo, de garantir que Eutanásia fosse restaurada e que os erros do passado não se repetissem.Oregon tinha uma filha, Odila, e a visão de seu reinado no submundo já estava sendo moldada por ela. Ele talvez tivesse escolhido uma herdeira para o submundo, ma

Capítulo QuatroA jornada havia nos levado a terras desconhecidas, onde o tempo parecia não existir. Depois de alianças com os elfos, dragões, seres das sombras e até os celestiais, estávamos agora diante de um novo desafio: conquistar a confiança dos Ancestrais.Enquanto voávamos, os ventos gélidos cortavam nosso rosto, e a paisagem ao longe parecia mudar a cada momento. Não estávamos mais em território conhecido; ao nosso redor, o céu se abria de maneira inquietante, como se o próprio universo estivesse observando.Kate e Filó estavam ao meu lado, mas, apesar da presença deles, eu me sentia sozinho em meus pensamentos. Não era apenas o peso da responsabilidade que carregava, mas também a dúvida que me consumia. Não sabia o que nos aguardava nesse reino místico e, por mais que a presença dos aliados já conquistados nos desse alguma esperança, algo dentro de mim dizia que este desafio seria o mais difícil de todos.De repente, uma luz intensa cortou o céu. Uma figura enorme surgiu dia

Capítulo SeisAgora, com os Elfos, os Dragões, as Sombras, os Celestiais e os Ancestrais ao nosso lado, nossa aliança estava mais forte do que nunca. Além disso, o poder que eu possuía estava crescendo a cada dia, e as habilidades de Filó estavam se tornando mais afiadas e afiadas. Mas o maior trunfo ainda era minha mestra, Kate, cujo poder era incomparável. Ela era nossa líder, nossa força. Juntos, éramos uma força imparável, e agora era hora de retornar à Ilha Encantada, onde Nani, a irmã de Kate, nos aguardava, e preparar a grande batalha que definiria o destino de Eutanásia e de todos os reinos.Enquanto nos preparávamos para partir, Kate, que sempre cuidava de tudo com muita atenção, disse que precisava cortar meu cabelo novamente. Eu sabia o que aquilo significava. Sempre que ela fazia isso, havia algo mais por trás. Era uma forma dela me manter ainda mais focado, mais forte para o que viria.Enquanto ela trabalhava, meus pensamentos estavam em outros lugares. Olhei para ela, ob