Capítulo Dois
Houve um tempo em que o nome de Corigan não me despertava essa ira incessante, esse desejo ardente de apagar sua existência da história. Houve um tempo em que eu a amei—de uma maneira que poucos poderiam compreender.
Lembro-me do primeiro dia em que a vi. Ela não era apenas bela, mas poderosa. Sua presença irradiava uma luz que contrastava com minha própria escuridão, e talvez tenha sido exatamente isso que me atraiu para ela. Corigan era o tipo de mulher que não se curvava a ninguém, e eu—o rei do Submundo, o maior entre os demônios—vi nela a parceira perfeita.
Nos primeiros anos, nosso romance foi uma tempestade intensa, um jogo de sedução e desafios. Eu queria dominá-la, mas Corigan sempre encontrava um jeito de me dobrar sem que eu percebesse. Ela não temia minha fúria, nem minha sombra, e isso me enlouquecia.
Porém, tudo mudou quando ela engravidou.
Eu senti quando aconteceu. Nossos poderes eram opostos, mas se entrelaçaram naquele momento, e algo cresceu dentro del