A guerra já estava em curso. Só faltavam as primeiras vítimas. O galpão abandonado cheirava a metal e poeira, mas o que pesava de verdade era o ar saturado de tensão. Papéis espalhados sobre a mesa, mapas digitais piscando no escuro, fotos, documentos, e a presença dos dois homens que pareciam carregar o mundo nas costas. Luca digitava no notebook, os olhos fixos nas telas de vigilância e nos esquemas que se formavam como peças de um quebra-cabeça maldito. Salvatore caminhava de um lado para o outro, inquieto, o maxilar travado, o peito queimando com a sensação de urgência. — Rocco não dá passos no escuro sem ter um abrigo garantido — disse Salvatore, parando ao lado da mesa. — Ele sempre monta um esconderijo antes de qualquer movimento. Luca assentiu, sem desviar os olhos do notebook. — Já estou cruzando dados. Terrenos alugados com documentação falsa, armazéns desativados, galpões longe do perímetro monitorado. Dois pontos se destacaram — ele apontou no mapa. — Um na zona
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