O céu estava escuro como breu, sem lua, sem estrelas. A única luz vinha dos faróis baixos dos veículos táticos posicionados a alguns quarteirões do galpão. O ar estava pesado, como se o concreto da cidade segurasse a respiração.  Salvatore estava no comando da linha de frente, os olhos gelados, o colete justo ao corpo. Ao redor, a equipe avançava em formação, armada até os dentes. Martinez os acompanhava, o fuzil firme nas mãos, o rosto endurecido pela tensão.  — Lembrem-se — a voz de Salvatore soou pelo rádio, baixa e implacável. — Eles vão atirar no primeiro sinal de movimento. E a Olivia tá lá dentro.  Luca caminhava ao lado dele, os olhos atentos, a mão na arma.  — Vamos trazer ela de volta, Salv. Nem que o chão fique coberto de sangue — garantiu.  O esquadrão se posicionou nas laterais do galpão velho, uma estrutura enferrujada, gigantesca, com paredes corroídas e vidros estilhaçados. Lá dentro, a movimentação era sutil, mas visível: sombras armadas, vozes abafadas, o cheiro
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