Isabella deu um passo para trás, o sorriso travesso voltando enquanto balançava a cabeça. — Não, não, vou deixar a estrela brilhar sozinha por enquanto. — Ela piscou para Elana, o tom carregado de insinuação. — Vou circular por aí, ver se encontro alguém gato para me agarrar no final da noite. Me chama se precisar de reforços, está bem? — Com um aceno exagerado, ela se afastou, o vestido vermelho como uma chama dançando entre os convidados. Gabriel riu baixo, o som genuíno, antes de voltar sua atenção para Elana. — Ela é sempre assim? — perguntou, um brilho divertido nos olhos. — Sempre. — respondeu Elana, tentando ignorar o calor que subia por seu pescoço. Ela ajustou a bolsa no ombro, o bilhete de Gabriel ainda um peso invisível. — Então, esses sócios... quem são eles? — Gente que aposta no seu talento tanto quanto eu. — disse Gabriel, o tom profissional, mas com uma suavidade que parecia reservada só para ela. Ele fez um gesto para que ela o seguisse, guiando-a pelo salão em

Elana sentiu todos os olhos do salão sobre ela. Mas nenhum olhar importava tanto quanto o de Gabriel, que a esperava no palco, o sorriso sutil escondendo uma intensidade que a desestabilizava. Subindo os degraus, o som dos aplausos parecia distante, abafado pelo pulsar do seu coração. Gabriel estendeu a mão para ajudá-la, um gesto formal, mas quando seus dedos se tocaram, o calor daquele contato a fez prender a respiração. — Você está brilhando. — murmurou Gabriel, a voz tão baixa que era apenas para ela, enquanto a posicionava ao seu lado. As palavras fizeram o rosto de Elana esquentar, e ela desviou o olhar por um instante, tentando recuperar o controle. — Espero não desapontar. — respondeu, o tom leve, mas com um tremor que traía o nervosismo. Gabriel apenas sorriu, um brilho de confiança nos olhos, antes de se voltar para o público, o microfone novamente em ação. — Senhoras e senhores, Elana Kingsley não é apenas uma autora talentosa, mas uma voz que captura o que há de mais

As taças de champanhe se ergueram pelo salão, e Elana sentiu o peso de todos os olhares sobre ela, mas sua mente ainda estava fragmentada. Ela olhou para o fundo do salão, onde Ryan e Isabella haviam estado, mas agora não os via mais, como se tivessem desaparecido na multidão. A incerteza do que aquilo significava e o que ela sentia a respeito, apertava seu peito. Gabriel, ao seu lado, inclinou-se ligeiramente, o sorriso caloroso agora mesclado com uma preocupação mais evidente. — Você está bem? — perguntou, a voz baixa, os olhos buscando os dela com uma intensidade que a fez desviar o olhar. — Sim, só... sobrecarregada. — respondeu ela, a voz quase um sussurro, enquanto começava a descer os degraus do palco. Ao chegar ao chão, um garçom passou com uma bandeja de champanhe, e Elana, sem hesitar, pegou uma taça. Seus dedos envolveram o vidro gelado, e, num impulso, ela a levou aos lábios, bebendo o conteúdo de uma só vez. O líquido borbulhante desceu rápido, deixando um calor suav

Ele assentiu, mas seus olhos a seguiram por um instante a mais, carregados de apoio e uma intensidade que lembrava os momentos no palco. Enquanto Gabriel se afastava para organizar a saída de Ryan, Elana voltou-se para o salão, tentando se ancorar na energia da celebração. Foi então que, pelo canto do olho, ela captou um movimento perto da saída principal. Um segurança, alto e discreto em seu terno preto, acompanhava Ryan em direção à porta. Ryan caminhava com a cabeça baixa, o colarinho aberto da camisa contrastando com a formalidade do ambiente. Por um breve momento, ele ergueu o olhar, os olhos varrendo o salão como se a estivesse procurando. Elana ficou paralisada, o coração acelerando, mas antes que seus olhares se encontrassem, Ryan desviou o rosto e seguiu o segurança, saindo sem resistência, a porta se fechando silenciosamente atrás dele. Elana ficou parada por um instante, encarando a porta por onde Ryan acabara de ir. Ela respirou fundo e caminhou até uma das portas de vid

A jornalista, uma mulher de meia-idade com um sorriso caloroso, abriu seu caderno e ajustou o crachá da Revista Literária Aurora. — Elana, antes de tudo, parabéns por tudo o que está conquistando. — começou, a voz cheia de entusiasmo. — Desde que você viralizou no Instagram com trechos daquelas cartas de amor, todos no nosso meio só fala sobre você e o que esperar do primeiro livro que está escrevendo... é uma noite memorável. Como você se sente vendo tudo isso ganhar vida? Elana sorriu, a pergunta trazendo uma onda de orgulho que a ancorou. — É... surreal — respondeu, a voz firme, mas carregada de emoção. — Eu sequer esperava viralizar com aquela postagem e estar aqui, apresentando a capa do meu primeiro livro, é ainda mais absurdo! A jornalista assentiu, anotando algo rapidamente antes de erguer o olhar, os olhos brilhando com curiosidade. — E falando do livro, nós sabemos que ele conta a história de Isadora e Adrian, dois melhores amigos que se apaixonam na escola, vivendo u