O ar entre eles parecia carregado, como se o tempo tivesse desacelerado. A música tensa do filme tornou-se um ruído distante, e o espaço que os separava diminuiu quase imperceptivelmente. Ryan hesitou, seus olhos buscando os dela em uma pergunta silenciosa, e quando Elana não recuou, ele se inclinou lentamente. Seus lábios encontraram os dela em um beijo delicado, mas firme, como se ele estivesse segurando algo precioso. O toque era quente, com um leve sabor de vinho tinto que ainda permanecia, e havia uma suavidade intencional, como se ele estivesse dando a ela espaço para decidir o que viria a seguir. Mas, à medida que Elana respondeu, inclinando-se um pouco mais, o beijo ganhou uma intensidade sutil, uma corrente de eletricidade que fez o coração dela acelerar ainda mais. Suas mãos, que ainda seguravam o braço dele, apertaram de leve, e a dela deslizou para o ombro, enquanto a de Ryan repousava gentilmente em sua nuca, os dedos roçando a base de seu cabelo. Quando finalmente se af

Elana assentiu, puxando-o para mais perto, as pernas envolvendo sua cintura. — Sim. — sussurrou, a palavra carregada de uma certeza que ela não sabia que possuía até aquele momento. Quando ele a penetrou, foi com uma lentidão que parecia ao mesmo tempo torturante e perfeita, permitindo que ela se ajustasse, que sentisse cada centímetro dele. O ritmo começou suave, os corpos encontrando uma sincronia natural, mas logo se intensificou, impulsionado por uma necessidade mútua que nenhum dos dois podia conter. Elana cravou as unhas nas costas dele, os gemidos escapando sem controle, enquanto Ryan movia-se com uma mistura de força e cuidado, os lábios encontrando os dela em beijos desleixados, cheios de urgência. O quarto se encheu de sons; a respiração ofegante, o ranger da cama, os murmúrios baixos de prazer. O prazer crescia em ondas, uma pressão quente e crescente que fazia o corpo de Elana responder com fervor, cada movimento de Ryan a levando mais perto de um ápice que ela podia s

— Não! — Elana quase converge, a frustração transborda. — Eu não consegui. Fiquei com medo de magoar ele, de parecer que estava reclamando. Então só sorri e disse que estava tudo bem. E aí, para piorar, eu saí de lá quase fugindo. Inventei uma emergência idiota e saí correndo. Ele nem me tentou parar, só disse que me chamaria de novo, como se fosse tudo perfeito. — Ela bufou, jogando a cabeça para trás contra o encosto do sofá. — Eu me sinto tão idiota. Usei a lingerie vermelha e tudo, e no fim, só me sinto mais vazia do que antes. Isabella ficou em silêncio por um momento, processando, antes de estender a mão e apertar o braço de Elana. — Ei, você não é idiota. Você tentou, se jogou, isso é enorme. Sexo nem sempre é perfeito, especialmente na primeira vez com alguém. E, olha, Ryan parece um cara legal, mas você precisa ser honesta, pelo menos consigo mesma. Esse vazio que você está sentindo… não é só sobre ele, né? Elana mordeu o lábio, os olhos marejando enquanto encarava a almo

— Nós da Buzzy estamos planejando uma festa para apresentar a capa do seu livro e anunciar a data oficial do lançamento. Eles me ligaram hoje para confirmar alguns detalhes, e eu queria te contar antes que virasse uma surpresa completa. Vai ser algo bem especial, Elana. Grandioso. Como você merece. Elana piscou, a notícia a pegando desprevenida. Por um momento, o peso da noite com Ryan e o vazio que a acompanhava pareceram recuar, substituídos por uma faísca de empolgação. — Sério? — perguntou, sentando-se na cama, o tom mais leve. — Uma festa? A capa está pronta? — Exato. — disse Gabriel, e ela podia ouvir o sorriso na voz dele. — A capa está incrível, aliás. Não vou dar spoiler, mas acho que você vai adorar. Eles tão apostando alto no seu livro, e eu também. Você trabalhou muito para isso. Elana sentiu um calor subir ao rosto, uma mistura de orgulho e gratidão. — Nossa, Gabriel… não sei nem o que dizer. Obrigada por isso. E por, sabe, sempre acreditar em mim. — Ela fez uma pau

Elana sentiu o rosto aquecer, a lembrança da conversa deles voltando com força. A noite com Ryan, o vazio que a perseguia, a mentira que dissera para escapar; tudo parecia tão distante agora, com Gabriel sentado ali, tão perto. Como explicar sem se expor demais? Antes que pudesse responder, Gabriel se inclinou ligeiramente, os antebraços apoiados na mesa, e o movimento trouxe o cheiro sutil do perfume dele, misturado com o aroma do café. Era um detalhe pequeno, mas suficiente para fazer o coração dela acelerar, reacendendo a advertência de Isabella: Cuidado para não misturar as coisas. — Não precisa responder se não quiser. — disse ele, a voz mais suave agora, quase íntima. — Só… você parecia tão distante na ligação. Quis ter certeza de que você está bem. Ela engoliu em seco, os olhos fixos nos dele, e por um momento, o barulho da livraria — o murmúrio de outros clientes, o som da máquina de café — pareceu desaparecer. Havia algo na forma como Gabriel a olhava, como se pudesse ver